Às
vezes me pego em pensamentos, como diz aqui em minha região “Pensando com meus
botões” e nestes pensamentos vários são os meus questionamentos, alguns deles
me faz voltar a tempos atrás, vivendo uma nostalgia de uma tempo onde a frase “
Eu era feliz e não sabia “ cai como luva, e nesta felicidade precisávamos apenas de um violão,
uma meia dúzia de amigos verdadeiros e reais, o banco da praça ou as escadarias
da porta da igreja, passávamos horas a fio cantando musicas que nos emocionava
pela melodia e por letras que pareciam ter sido compostas para nos deixar de
coração em prantos, Felicidade para nós era as brincadeiras de pique salve,
pique esconde, roubar bandeira, mãe da
lua, pegar de três, pegar para bater, cabra cega e o famoso guarda meu anelinho
cujo expectativa da brincadeira era ganhar um singelo beijo nos rosto da pessoa
no qual achávamos que amava, Felicidade era jogar bola na rua, mesmo sabendo
que o risco de quebrar uma janela de vidro do vizinho era grande e com certeza
a surra de cipó de fedegoso de nossos
pais era inevitável, mas o risco valia muito a pena, Felicidade era ficar em êxtase
quando tinha bailes na cidade, com banda
de fora!..., Oasis, Graves e Agudo ,Samantha
e Scorpíons, e nestes dias de baile era preciso correr a costureira e fazer
roupa nova, afinal de contas baile com banda era algo tão raro naqueles tempos,
Felicidade era ouvir o programa Good night, de Samuel França para
escutar as traduções das 11:0; Felicidades para gente era mandar um
bilhetinho por via dos amigos para encontrar a amada ou amado em um beco de preferência
de pouca luz, mas a amiga ficava ali o tempo toda na vigia, Felicidade era
jogar china seja no barco, na bióla ou no galo, Felicidade era brincar de carrinho
de pau, era correr livre pelas cebolinhas.
Para sermos felizes precisávamos
de tão pouco, que hoje em meus pensamentos vejo o quanto essas novas gerações perdem
muito tempo com amigos apenas virtuais, o interagir, o estar presente
fisicamente com amigos e família é uma dádiva de felicidade que não tem preço,
não pensem que sou contra as tecnologias, aos contrario acho estas são fundamentais
para a comunicação, tendo em vista que o mundo em que vivemos se transforma o
tempo todo e em alta velocidade, mas ainda prefiro reunir os amigos e ouvir uma
boa musica ao som de um violão.
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