Anualmente no
mês de Abril, costumamos a ver projetos com suas atividades voltadas para
homenagem ao dia dos povos indígenas, alguns profissionais nem sabem da
alteração do dia 19 de abril, não é mais “dia do Índio” , mas através
da Lei 14.402/22 agora é “dia dos Povos
Indígenas”. A justificativa desta lei tem o propósito é reconhecer o direito dos
povos, mantendo e fortalecendo suas identidades, línguas e religiões, assumindo
tanto o controle de suas próprias instituições e formas de vida quanto de seu
desenvolvimento econômico.
Assim é possível ouvir Maria Luiza Moreira ou simplesmente
Luiza Aranã, mulher que honra sua etnia, falando
sobre seu povo e suas transformações ao longo de sua experiência, numa
linguagem simples e real. Pois, desde os anos de1990, sua família se autodeclarou pertencente ao povo originário, da região do Vale
do Jequitinhonha. Ela é cabelereira e artesã de produtos indígenas; cursou seus
primeiros estudos na zona rural; teve de interromper os estudos para trabalhar;
depois de certo tempo, ingressou-se no EJA, momento que pode concluir o segundo
grau, junto ao seu marido. Isto reforça o movimento que o cidadão, pertencente
de povo originário precisa trilhar para não ser vítima da exclusão social,
econômica e política.
O povo da etnia indígena Aranã, que já foi
considerado extinto, atualmente se
encontram dispersos em áreas rurais e urbanas de Minas Gerais e São Paulo.
Diante destas fontes vivas, é preciso orientar
nas escolas desde cedo que a figura estilizada do índio é irreal; trazer para
dentro das escolas palavras como “desadeados”, ao invés de reforçar a ideia que
todo índio vive da lavoura de subsistência, se nem terra ele tem mais.
O
trabalho com grafísmo indígena, talvez seja importantes alternativas para
substituir a forma agressiva de se tratar a figura indígena, bem como a mostra
de artesanato, filmes e fotografias. São recursos que atestam a realidade em
que vivem atualmente, com dignidade.
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