Intolerância religiosa é a visão individual ou coletiva de não respeitar a crença religiosa do outro. Certo é que essa história de intolerância religiosa
não é de hoje, na Antiguidade,se tem a perseguição dos primeiros cristãos pelos judeus e pagãos,
e essa perseguição aos judeus começou mesmo antes do império romano. Mas estas intolerâncias
ficaram mais intensas na idade média e um dos exemplos claro são as cruzadas,
guerras incentivadas pela Igreja Católica, que aconteceram na Europa Ocidental
e que tinha como alvo principal Jerusalém e a Palestina.
A história da humanidade é marcada por intolerâncias
religiosa, quantas mulheres foram queimadas acusadas de bruxaria e heresia pelas
Santas inquisições da Igreja Católica. Quantos povos africanos escravizados e
proibidos de manifestar sua religião.
Mas hoje parece que voltamos à barbárie da
idade média, as perseguições religiosas estão cada vez mais explícitas, se tem
hoje uma aculturação religiosa em comunidades tradicionais quilombolas e indígenas,
onde religiões de cunho cristão tentam de todas as formas imporem a sua forma religiosa
de pensar.
Inúmeros foram os ataques a terreiros e casas
de orações de religiões de matrizes africanas, e nesse contexto a uma perseguição
muito explicita a essas religiões, fazendo com que muitas pessoas dessas
comunidades por medo, acabam por negar a sua religiosidade.
Vivemos tempos sombrios em nossa nação, onde
a política chegou aos púlpitos, não se fala mais da espiritualidade, mas se faz
campanha política partidária. Mas o que nos deixa triste e ver lideres
religiosos serem hostilizados, justamente por tentarem mostrar as pessoas que
os templos religiosos são lugares de oração, de acalanto a alma, de reflexão política
no sentido de como esta pode ajudar no bem comum e coletivo,
“Certo
dia eu estava a passar enfrente a Igreja Católica de minha cidade, quando vi
uma senhora bem velhinha na porta da Igreja, ela me chamou e perguntou: - Será
que o padre esta ai? Eu respondi: acredito que sim, por quê? Com os olhos
cheios de água ela me falou: _ É porque meu filho virou evangélico e disse que
eu teria que quebrar minhas imagens dos santos, para não criar desavença com
meu filho eu queria doar para Igreja ou para uma pessoa que goste. Eu falei
para ela: _Uai!, Se a senhora me da às imagens eu quero, minha mãe vai gostar muito,
ela toda feliz me passou a sacola com uma imagem de São Benedito , Nossa
Senhora da Conceição e um crucifixo. Ao me passar essas imagens, vi um sorriso
tão sincero e de alivio em seus olhos que me emocionou, ela agradeceu e me
disse: _ Essas imagens eram de minha mãe, eu não podia destruir algo que minha
mãe me deixou, sei que sua mãe vai guardar e eu vou viver meus últimos dias de
vida em paz com meu filho e sua família, mas minha fé só meu coração e Deus é
quem conhece.”
Narrei essa história para tentar trazer uma
reflexão para cada um que ler esse texto, fé é individual e fica guardada em
nossos corações e em nossas atitudes, por isso respeitar a manifestação religiosa
das pessoas é uma dádiva, bem como também respeitar aqueles que não tem nenhuma
crença.
Que cada um com sua crença e fé possa pedir
luz espiritual para nossa nação que tanto precisa nesse momento.
Por