quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

DIÁRIO DE LEITURA - Lançamento do Livro "Gotas Filosóficas" do Mestre Manoel Viana

Foto Cejo Costa


Lançamento do livro: Gotas Filosóficas  do mestre Manoel Viana ( Em Saudades)
dia 28 de Fevereiro, no Salão Social da Câmara Municipal da cidade de Padre Paraíso/MG

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Memória Cultural - Gosto, renda, cultura e exclusão

Assistindo a uma reportagem sobre culinária, ao qual trazia a tona o possível desaparecimento de alguns alimentos, entre eles: o queijo artesanal, reavivei que a certo tempo  escrevendo para este blog, já  havia  descrito sobre esta ameaça e seus principais motivos.
Analisando  as matérias tanto do blog como da reportagem,  é estarrecedor,   enquanto habitante de uma região socialmente falando , enquanto  área agrícola somos um povo tradicionalmente de  agricultura familiar, no entanto por causa das legislações  que se instituiu pensando   em grandes empresários, em nada contribuiu aos pequenos , ou seja, o futuro  dos pobres numa linha bem nítida é comprar produtos nos supermercados, pagando com o recurso que virá do governo como esmola ou como  carteirinha de inutilidade por não ter autonomia de fazer sua roça para subsistência , porque isso  está fora dos padrões  desta ou daquela lei.
Não tome isso como crítica a governo algum, mas enquanto agente cultural e cidadã do Vale do Jequitinhonha,  falar do Queijo Minas hoje,  como  alimento produzido artesanalmente, faz parte da nossa identidade, assim como o palmito para a população indígena guarani, em são Paulo; o acarajé da Bahia e tantos outros sabores pelo pais, mas  também reporta-se a exclusão de pequenos agricultores, que vivem do cultivo  em suas propriedades , desafiam clima, resistem a duros golpes do tempo e dos corruptos medíocres que elaboram, aprovam e ditam normas e leis, os mesmos que recorrem aos  pequenos e pobres para lhes dar poder , com falsas promessas , míseros presentes  e falsos abertos de mãos para depois  tratar de dizimá-lo, com a desculpa de que a vigilância sanitária não aceita.
Considero  importante  o registro de  bens imateriais  como forma  e esforço pela ação de sobrevivência cultural  , mas,  gostaria de ver o gesto relevante de direito : a garantia  da lavoura  e o cultivo em pequenas lavouras, possam ser dignamente  exercidas, assim como são as grandes produções; assim que se faz justiça  e valoriza a terra que germina e dá alimento a todos.

Texto de:


    
                                                                                                           

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

MEMÓRIA CULTURAL - A tradição dos Mascarados

Mascaras confeccionadas artesanalmente, usadas pelos mascarados da cidade de Itinga - Foto Jô Pinto
                        Os mascarados fazem parte da comemoração do carnaval em qualquer parte do planeta onde a festa acontece. Na região do Vale do Jequitinhonha esta tradição também é mantida ou  melhor nem tanto assim, os mascarados já não são tão expressivos assim nos carnavais da região, no  carnaval da cidade de  Itinga estes sempre fizeram parte, eles saem em grupos fantasiados geralmente com máscaras artesanais confeccionados com papel e grudi (Uma cola feita de goma e água), e para confeccioná-las usa-se uma forma feita de argila, porem muitos se fantasiam com mascaras industriais,  a também os que se fantasiam de peneiras geralmente composto por mulheres.     

                    Tradicionalmente os mascarados começavam a sair  um mês antes do carnaval e são chamados de” temporões”, tradição esta pouco vista nos dias atuais,  eles fazem a alegria e choro de muitas crianças e adultos, os mascarados sempre foram a parte lúdica do brincar o carnaval onde a mascaras dá a liberdade de brincar a festa sem a vergonha de extravasar a alegria de uma maneira tão inocente. sem os mascarados o carnaval de Itinga e de outras cidades perderia a graça. Porem esta magia corre sérios riscos de ser extinta, tendo em vista a inocência do brincar tomou novos rumos. E o tradicional já não encanta mais uma parcela da sociedade que anda alheia a sua própria identidade.

         Por 

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

DIÁRIO DE LEITURA - Livro "O rio das minhas manhãs" de Celso Freire

"Todo mês de setembro, após as primeiras chuvas - aquelas que se seguiam às queimadas de agosto - os campos abertos cobriam-se de umas florezinhas miúdas, de coloração roseadas: as cebolinhas-do-campo. Aquelas florezinhas, que nasciam do nada, significavam para mim um sinal da força da terra, da doçura e da paciência do grão. À medida que outras vegetações de maior vulto cresciam as cebolinhas, encobertas por vasta folhagem, despiam-se das suas presenças próprias, encolhiam-se embaixo do chão, esperando a próxima vontade de primavera. Sempre entendi as cebolinhas com as flores da anunciação: depois delas a terra – que antes fora apenas pó - movimentava cheia de vida para todos os lados. A vegetação resplandecia, os pássaros animavam-se em cantoria, as borboletas brincavam perdidas no espaço sem fim; até os besouros rola-bosta e as centopeias exibiam movimentos e quilometragem. As cigarras zuniam seus gritos de esperança por toda cercania do rio das minhas manhãs: tempo de cores, alegria, abundância e fartura. 
Os homens empunhavam foices e enxadas e a terra recebia os últimos cuidados para ser emprenhada dos grãos. As mulheres cantavam alegrias, colhiam flores, enfeitavam as casas e os corações. As crianças pulavam cordas, cantavam cantigas de roda, brincavam de pega-pega, de cabra-cega e de apertos de mão.
O gado, no pasto, ficava mais vistoso e no curral o leite era mais farto e sedoso. A vida era mais bonita a partir do mês de setembro, nas redondezas do Rio das Minhas Manhãs.
Foi nesse tempo de florescimento, e nessas circunstâncias de labuta de vida, que eu apoiei os meus pensamentos e as minhas ideias e aprendi a desenhar caminhos e a colorir os meus sonhos. Mesmo em terras de flores sofridas..."

"O rio das minhas manhãs" agora em e-book,
confira online nas livrarias Amazon, Google, Kobo, Livraria Cultura, Apple.

Texto retirado do facebook do Autor

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

OPINIÃO DO BLOG - Nostalgia de um passado recente

                   Às vezes me pego em pensamentos, como diz aqui em minha região “Pensando com meus botões” e nestes pensamentos vários são os meus questionamentos, alguns deles me faz voltar a tempos atrás, vivendo uma nostalgia de uma tempo onde a frase “ Eu era feliz e não sabia “ cai como luva, e nesta  felicidade precisávamos apenas de um violão, uma meia dúzia de amigos verdadeiros e reais, o banco da praça ou as escadarias da porta da igreja, passávamos horas a fio cantando musicas que nos emocionava pela melodia e por letras que pareciam ter sido compostas para nos deixar de coração em prantos, Felicidade para nós era as brincadeiras de pique salve, pique esconde,  roubar bandeira, mãe da lua, pegar de três, pegar para bater, cabra cega e o famoso guarda meu anelinho cujo expectativa da brincadeira era ganhar um singelo beijo nos rosto da pessoa no qual achávamos que amava, Felicidade era jogar bola na rua, mesmo sabendo que o risco de quebrar uma janela de vidro do vizinho era grande e com certeza a surra de cipó de  fedegoso de nossos pais era inevitável, mas o risco valia muito a pena, Felicidade era ficar em êxtase quando tinha bailes na cidade,  com banda de fora!...,  Oasis, Graves e Agudo ,Samantha e Scorpíons, e nestes dias de baile era preciso correr a costureira e fazer roupa nova, afinal de contas baile com banda era algo tão raro naqueles tempos, Felicidade  era ouvir  o programa Good night, de Samuel França para escutar as traduções das 11:0; Felicidades para gente era mandar um bilhetinho por via dos amigos para encontrar a amada ou amado em um beco de preferência de pouca luz, mas a amiga ficava ali o tempo toda na vigia, Felicidade era jogar china  seja no barco, na bióla  ou no galo, Felicidade era brincar de carrinho de pau, era correr livre pelas cebolinhas.
                   Para sermos felizes precisávamos de tão pouco, que hoje em meus pensamentos vejo o quanto essas novas gerações perdem muito tempo com amigos apenas virtuais, o interagir, o estar presente fisicamente com amigos e família é uma dádiva de felicidade que não tem preço, não pensem que sou contra as tecnologias, aos contrario acho estas são fundamentais para a comunicação, tendo em vista que o mundo em que vivemos se transforma o tempo todo e em alta velocidade, mas ainda prefiro reunir os amigos e ouvir uma boa musica ao som de um violão.

Texto de:


segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

MEMÓRIA CULTURAL - Coral Vozes de Fátima

Foto: Jô Pinto
                    
                    Este coral foi fundado em Araçuaí, Minas Gerais no dias 03 de Março, de 1991 pelo Padre João Pinheiro e Nilton Ferreira de Souza(Nilton Curió), que percebendo  o interesse de crianças pelos grupos culturais  existentes na cidade, resolveram  organizar este coral , que também tinha a finalidade  de dar ocupação e oferecer uma formação cultural, além de animar as missas dominicais , na Catedral São José.
                     No repertório  cultural trazia músicas de origem afro-indígena e  outras de autoria de  pessoas  conhecidas  como: Josino Medina e Leninha, estes  doavam tempo e carinho para este grupo,ensaiando, preparando incansavelmente  e até distribuindo as criançadas quando  no avançar da hora, Josino Medina lotava seu pequeno veículo  e saia pela cidade a entregar  as crianças de casa, em casa. Era diversão pura!
                     O Coral durou pouco mais de uma  década, sob a regência de Nilton Curió, que diferente dos maestros tinha como batuta,  um bandeiro.
Muita gente contribuiu e fez sua história  através deste coral, hoje guardamos momentos  de um tempo  com crianças, que aprenderam o doce sabor de viver  e aproveitar  a infância, tornando-a mágica e feliz.

Peixinhos do mar, eô
Vem a beira da praia a nadar
Vem ver, vem ver a lua no céu a  brilhar

(Peixinhos do Mar-Leninha)



Texto e Pesquisa


sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

SEXTA LITERÁRIA

ISRAEL x JORDÂNIA

Tadeu Martins
Companheiros me escutem
prestem bastante atenção
nessa estória acontecida
lá na minha região
quando se passava um ano
da “gloriosa” revolução
Ainda tinha validade
o título de eleitor
pois o povo ainda podia
votar para governador
escolher quem bem quisesse
para ser seu defensor
Era uma disputa braba
como não podia deixar de ser
pois só tinha dois partidos
para o povo escolher
de um lado a U.D.N.
do outro lado o P.S.D.
Cá nas Minas Gerais
esse Estado Brasileiro
ao Palácio da Liberdade
um queria chegar primeiro
Roberto Resende pela U.D.N.
pelo P.S.D. Israel Pinheiro

Na cidade de Jordônia
onde esse fato se deu
o prefeito era udeenista
Roberto Resende venceu
mas no resto do Estado
pra Israel Pinheiro ele perdeu
Passados quinze dias
da posse do eleito
o povo de Jordânia
ainda estava insatisfeito
pela sofrida derrota
do candidato do prefeito
No outro lado do mundo
a coisa empretava
dessa vez no Oriente Médio
uma guerra estourava
fato que o prefeito de Jordânia
nem sequer  imaginava
No noticiário matinal
da Rádio Guarani
o repórter anunciou
essa manchete aqui:
EXÉRCITO DE ISRAEL FOI PARA JORDÂNIA
PRONTO PRA INVADIR
O prefeito quase desmaia
quando ouviu aquela notícia
chamou o seu secretário
e ordenou com malícia
“Avisa pro Delegado
pôr de prontidão a polícia”
Mandou a família pra roça
foi pro correio telegrafar
pro deputado majoritário
mandar homens lhe ajudar
pois Dr. Israel Pinheiro
vinha pronto pra brigar
e explicou ao telegrafista
que ouvia tudo a sorrir
“Dr. Israel Pinheiro não gostou
de ter perdido a eleição aqui
e agora que tomou posse
mandou o exército invadir”
O vigário que estava presente
lhe pôs a par da situação
que se tratava de uma batalha
travada em outra nação
que não tinha cabimento
essa sua preocupação
Olhando pro vigário
disse o prefeito aliviado
“ Se Dr. Israel viesse mesmo
ele ia voltar desmoralizado
nós arrasava o exército dele
eu , dez  jagunços , um cabo
e três soldados .”

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

OPINIÂO DO BLOG - Namoro moderno

Namoro moderno
                       Em minhas andanças por estas Minas Gerais, mas precisamente em uma cidadezinha de meu querido Vale do Jequitinhonha em uma noite dessas de temperaturas acima da media até para  nós residimos no Jequi, resolvi dar uma volta pela pracinha da cidade, atividade ainda praticada em terras interioranas.  Pois bem resolvi comprar um sorvete e sentei em um banco da praça e fiquei a observar o ritual dos jovens e alguns adultos a dar voltas na praça até ai uma situação muito normal para mim, tendo em vista que estas voltas na praça faz parte das cidades do Vale. Mas algo me chamou atenção um jovem casal, em uma fase da vida onde tudo é mágico praticava algo que a meu ver era um namoro, mas um namoro um tanto diferente,  descrevo a cena: ela sentada ao lado dele, ambos com celulares estes smarte alguma coisa, ela, sorria ele sorria ainda mais alto, ela jogava beijinho ele retribuía, ela colocava o celular sobre as pernas e fazia coraçãozinho com as mãos e ele fazia o mesmo ritual e devolvia o coração,  e assim entre uma mímica e caretas o tempo foi passando, de repente ela da um beijo caloroso e ele também, os dois de uma só vez,  fiquei boquiaberto com aquele beijo,  ela beijava seu celular e ele o dele.

                    Fiquei curioso para entender , resolvi abordar o casal e perguntei, desculpe a minha curiosidade, mas percebi que vocês estavam trocando beijinhos e beijões com o celular, ela deu um sorriso amarelo, mas ele foi logo me dizendo  _ uai tio é que agora nos baixamos o IMO e estávamos testando para ver se funciona bem mesmo, sorrir para eles e dei um ok não pelo celular, fiz o “gesto” mesmo com minha mão e sai sorrindo de volta ao hotel, no caminho fui analisando devo ser um tio bem velhinho porque ainda prefiro um beijo na boca da amada do que em um vídeo de celular. e assim me pergunto há um limite para tanta informação tecnologica?

Texto de:


MEMÓRIA CULTURAL - UM CASO DE AMOR NA ROTA BAHIA-MINAS

  Imagem: Internet   Seu maquinista! Diga lá, O que é que tem nesse lugar (...) Todo mundo é passageiro, Bota fogo seu foguista ...