As festas dos
santos populares do Brasil é uma herança de Portugal como: festa de Santo
Antônio, São João e São Pedro, mas há muitas expressões de origem francesa,
como a quadrilha, que surgiu dos salões da corte franceses, mas que os portugueses
imitando, acabou sendo introduzida nos folguedos, por isso têm-se os termos da
língua francesa como: anarriê, avancê, tour; o tipo de vestes dos casais é uma
imitação da riqueza da corte. A fogueira simboliza a proteção dos maus
espíritos, que atrapalhavam a prosperidade das plantações. A festa realizada em
volta da fogueira é para agradecer pelas fartas colheitas. Além disso, como a
festa é realizada num mês frio, serve para aquecer e unir as pessoas em
seu redor. Os fogos se originaram
na China, também como forma de agradecer aos deuses pelas boas colheitas. São
elementos de proteção, pois espantam os maus espíritos, além de servir para
acordar São João com o barulho.
Os padres
jesuítas trouxeram a tradição de São João, e os índios, que já adoravam dançar
ao pé do fogo, aprovaram. As brasas da fogueira são um exemplo dessas
tradições: assim que se apagam, devem ser guardadas. Conserva desse modo, um
poder de talismã que garante uma vida longa a quem segue o ritual. Talvez por
isso algumas superstições dizem que faz mal brincar com fogo, urinar ou cuspir
nas brasas ou arrumar a fogueira com os pés.
No dia 24 de
Junho celebra-se a festa de São João, há também variações, pois em alguns
lugares considera-se como São João Batista, como acontece em Itaobim no
distrito que ganhou o nome deste santo e seu padroeiro entronizado em igreja ao
centro deste povoado como: São João Batista; mas afinal quem foi São João?
Aquele que o arcanjo Gabriel, apresentou-se diante de Zacarias
na Igreja que cuidava e disse-lhe que suas orações haviam sido ouvidas e em
conseqüência, sua mulher, Isabel, que era estéril e de idade avançada, ia a
conceber e lhe daria um filho. (Lucas 1) (Mateus 11). E agregou: “Tu lhe darás
o nome de João e será para ti objeto de júbilo e alegria; muitos se regozijarão
por seu nascimento posto que será grande diante do Senhor”.
Ele foi o
único santo cujo nascimento se comemora na Liturgia, além da própria Virgem
Maria, que já foi concebida isenta de todo pecado; protetor das doenças
infantis.
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