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Pimenta malagueta, rosca caseira, doce de
leite, alface fresquinha, polpa de fruta, pastel de queijo e de carne. Biscoito
escrevido, queijo cozido, tubão de leite, farinha fina, café torrado, goiaba de
quintal, abacate um real a unidade. Pode olhar, freguesa, essa banca é de Dora,
eu tô tomando conta pra ela. Dora! Ó a freguesa! Filé de tilápia, daqui da
barrage.
Essas laranja é do Bananal, tenho arroz na
casca e fubá caseiro. Cebolinha verde, erva de cheiro, erva-doce, pimenta do reino,
doce de marmelo é de Fruta de leite. Hoje o ônibus veio cheio, tomara que não
chova, senão atola. Leva uma dúzia e meia por dez, esse pequi é de Taiobeira.
No mercado municipal de Salinas me deslumbro
com multiplicidade de aromas, de cores, de sons, de sensações. Passado e
presente se entrecruzam na minha mente, enquanto círculo entre as bancas.
Lembro José Raimundo dos Santos, meu pai, feirante de Bocaiúva, todos os
sábados na Joaquim Costa em Montes Claros, lá conheceu minha mãe.
Fico imaginando como era a vida dele, o que
pensava enquanto atendia suas freguesas. Será que também tinha esses devaneios
de poesia cotidiana, afinal, era um leitor, me contou minha mãe. Aqui, olho as
feirantes com seus rostos moldados pelo tempo oferecendo seus produtos e penso
na importância da agricultura familiar. Mas esse assunto fica para o próximo
texto. Bom dia!
Por
Ótimo texto! 👏👏👏 Os mercados e as feiras livres são uma delícia que se come também com os olhos, com as memórias, com a mente e o coração. Tudo isso proporcionado pelas trabalhadoras e trabalhadores rurais. Se a roça não produzir, a cidade não come.
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