Esta semana as
escolas falam muito sobre o tão comemorado “Dia de Tiradentes”, mediante as controvérsias e descobertas que historiadores vêm revelando ao longo do
tempo, importante mencionar sobre a
Inconfidência Mineira, um movimento que
surgiu no ciclo do ouro, que entre tantos outros motivos destaca-se
a opressão do governo português
no período colonial que cobrava
altas taxas e impostos, além dos abusos políticos e impedimento do
desenvolvimento industrial e comercial do Brasil.
O cenário
principal deste movimento contra a coroa portuguesa ,ocorreu em 1789,
na atual Ouro preto, mas que naquela época era chamada de Vila Rica,
considerada a capitania de Minas Gerais, mas é em Berilo, precisamente na rua
do Porto, nº204, num sobrado , cujo dono era Domingos de Abreu vieira,
português, tenente coronel do regimento de Cavalaria Auxiliar de Minas Novas, era padrinho da
filha de Tiradentes. Neste local ocorria festas e reuniões secretas
quanto as aspirações de liberdade
e sonhos de uma pátria próspera e livre.
Este sobrado foi
seqüestrado pelas autoridades portuguesas , após a prisão dos inconfidentes em
1789.
Depois disto há relatos
do Francês Auguste de Saint-Hilare em 1817, que teria se alojado neste e
que o proprietário era um juiz da Vila do Fanado, também o historiador austríaco João Emanuel Poh havia sido acolhido, enfim, pessoas ilustres chegaram a hospedar –se
nesta casa.
Também rendeu disputas e contendas quanto seus
proprietários, mas isso não é mais importante atualmente, fato que o
sobrado chegou em seu estado de
arruinamento até que em 2009 , iniciou as obras de restauração , entre idas e
vindas de projetos, finaliza-se em 2012.
O Sobrado é tombado a
nível federal, estadual e municipal e abriga um centro de memória da cidade.
Vale recordar da
visão privilegiada em relação a paisagem , em que se avista da varanda do sobrado o rio Araçuaí que corre
mansamente em seu ressoar ,do bater nas pedras, que melancolicamente é possível imaginar a canção popular:
Eu não moro mais
aqui,
Nem aqui quero morar
Oh beira mar,
Adeus Dona
Adeus riacho de areia.
.Fontes:História da
Liberdade no Brasil,Correia, Virato –Civilização Brasileira,1974 www.asminasgerais.com.br
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