sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

CONHECENDO O JEQUI - O serial killers do Vale do Jequitinhonha

 

Fotografia de Febrônio Índio do Brasil e suas tatuagens / Crédito: Wikimedia Commons

Hoje trazemos na série conhecendo o Jequi, um personagem emblemático de nossa região, e que foi um dos maiores serial killers do país. Estamos falando de Febrônio Ferreira de Mattos , também conhecido como “Febrônio Índio do Brasil”

Natural do hoje distrito de São Pedro na cidade de Jequitinhonha, baixo médio Jequitinhonha nas  Minas Gerais.

Lançou um livro  “As Revelações do Príncipe do Fogo”  no  Rio de Janeiro em 1926. O livro chegou a ser confiscado e sua publicação suspensa.

 

Segue abaixo texto publicado por Pámela Malva, no site as aventura na historia da UOL – link no final da publicação.

 

Um menino Perturbado

Nascido em 1895, Febrônio Ferreira de Mattos era o segundo filho dos 14 tidos por Reginalda Ferreira de Mattos. Quando criança, ele sofria com as agressões do pai alcoólatra e, aos 12 anos, o menino fugiu, até chegar ao Rio de Janeiro.

Na Cidade Maravilhosa, Febrônio começou a colecionar uma série de crimes, como fraude, chantagem, suborno e roubo, tudo entre 1916 e 1929. Mas foi em 1920, quando tinha 25 anos, que o jovem teve uma visão que mudaria a sua vida.

No meio do delírio, uma mulher loira visitou o homem, afirmando que ele tinha um papel importante no mundo, já que era o “Filho da Luz”. Já tendo assumido o pseudônimo de Febrônio Índio do Brasil, ele teria a missão de purificar outros jovens.

Um purificador

Como parte do trabalho, ele deveria tatuar os garotos com o símbolo DCVXVI, uma representação das palavras Deus, Caridade, Virtude, Santidade, Vida e Ímã da vida. Ainda detido, Febrônio tatuou a frase “Eis o Filho da Luz” no próprio tórax.

Quando saiu da cadeira, em meados de 1921, o homem tornou-se associado do dentista Bruno Ferreira Gabina, mesmo que não tivesse qualquer formação. O problema veio poucos meses depois, quando o profissional simplesmente desapareceu.

Tendo assumido o diploma do Dr. Gabina, Febrônio abriu seu próprio consultório e, nele, atendeu pessoas de uma forma bastante controversa. Testemunhas chegaram a afirmar que, de maneira sádica, ele arrancou dentes de pacientes sem qualquer necessidade

Um homem sádico

Os crimes mais sérios, todavia, passaram a fazer parte da rotina do Filho da Luz quando ele começou a ter delírios. Certa vez, em outubro de 1926, Febrônio foi preso enquanto dançava completamente nú no topo do Pão de Açúcar.

Na época da detenção, ele chegou a ser internado e diagnosticado por distúrbios mentais, mas foi solto por não ter dinheiro o suficiente para pagar o tratamento. Mentindo de forma compulsória, ele foi preso novamente, agora em 1927.

Desta vez, ele abusou de dois companheiros de cela, mas acabou sendo solto de novo, por falta de provas. As acusações contra o Filho da Luz, entretanto, não paravam de aparecer na delegacia. E elas eram as mais perturbadoras.

Os delírios do Filho da Luz

Em um dia, ele foi pego dançando na frente de um garoto amarrado em uma árvore no Corcovado. No outro, o homem foi visto cozinhando a cabeça roubada de um cadáver. Nessa época, ele foi internado em um hospício, mas fugiu ao lado de dois jovens.

Acompanhando o homem por uma suposta oferta de emprego, os adolescentes de 17 anos foram estuprados por Febrônio. Mesmo sendo vítimas do homem, eles foram soltos, logo depois de receber as tatuagens no peito, como mandava a visão.

Mais tarde, ele chegou a ser preso por tatuar um garoto de 18 anos. O jovem, todavia, desapareceu, e o Filho da Luz foi solto, em 1927. Uma vez livre, ele tentou marcar a sigla no peito de Altamiro José Ribeiro, um jovem de 20 anos, que tentou resistir. Indignado com a atitude da vítima, Febrônio o estrangulou com um cipó.

Fim do caminho

A série de crimes chegou ao fim quando o criminoso sequestrou um menino de 10 anos, sob pretexto de lhe garantir um emprego. “Jonjoca” Ferreira foi tatuado, estuprado e morto por Febrônio. Ao lado do corpo, contudo, uma pista foi deixada pelo assassino.

Durante as investigações, os policiais reconheceram o boné utilizado por Febrônio para sair da cadeia em 1927. Assim, o criminoso foi rastreado e preso. Além da prova, os pais de Jonjoca ainda reconheceram o Filho da Luz, que, mais tarde, assumiu os crimes.

Pelas muitas acusações e por sua clara inconsistência mental, Febrônio foi internado no Manicômio Judiciário do Rio de Janeiro, de onde tentou fugir. Sem sucesso no plano, ele permaneceu na instituição até 1984, quando morreu, aos 89 anos.

Texto Postado por PAMELA MALVA

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/tatuador-e-assassino-em-serie-o-insano-caso-de-febronio-indio-do-brasil.phtml

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