quarta-feira, 24 de dezembro de 2025

GIRO PELO VALE - Vale do Jequitinhonha de luto, Morre George Abner, um dos fundadores do Jornal Geraes.


 

George Abner de Figueiredo Souza, natural do município de Pedra Azul, no Baixo Jequitinhonha. Agente Cultual, filosofo, fotografo, Jornalista, poeta, revolucionário e um dos quatro que criaram o jornal Geraes ( George Abner,  Aurélio Silby Carlos Albérico Figueiredo e Tadeu Martins)

Mestre em Filosofia (Estética e Filosofia da Arte) pelo Instituto de Filosofia, Artes e Cultura - IFAC da Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP (2015); - Graduado em Comunicação Social (Jornalismo) pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (1979).Membro fundador do jornal GERAES, jornalista responsável e também fotógrafo. 1977 - Colaborador do jornal VERSUS 1988 ,Membro fundador e jornalista responsável da rádio comunitária livre SANTÊ (Belo Horizonte). 2000-2003 - Coordenador de Comunicação Social da Universidade Federal de Ouro Preto -UFOP e diretor da rádio UFOP. Dez/2003 a Abr/2005 

Residente na Nicarágua (Centro América) quando colaborou com a Revolução Popular Sandinista nas seguintes áreas: (Educação de Adultos, Estudos sócio-econômicos como membro de equipe organizado pela OEA e trabalhos de organização política); 1987 . Direção e produção do documentário :Nicarágua a um paso de la victoria; 1987 - Produção da mostra fotográfica Sandino Vive (exposta no Brasil no Palácio das Artes no ano de 1988) 1989 - Direção e produção do documentário -Un corazón rojinegro- realizado em parceria com a cineasta alemã Beate Neuhaus.

com a vitória sandinista, trabalhou no Ministério da Reforma Agrária da Nicarágua. De volta ao Brasil participa do 9º FESTIVALE em Virgem da Lapa em 1988,  onde montou uma exposição e exibiu o documentário “Nicarágua a um paso de la victoria”  onde palestrou e debateu sobre a luta do povo da Nicarágua. faleceu ontem, dia 23, na capital mineira Belo Horizonte, deixa uma história e um legado.

Exposição sobre a revolução em Nicarágua no 9º FESTIVALE 

MEMÓRIAS

George Abner


NAQUELA RUA, CALÇADA ESTREITA

DE CASAS MORTAS, ESBURACADAS

PASSEI A INFANCIA, QUANTA POBREZA

VENCENDO A MORTE QUE NÃO DESCANSA

MEI PAI SORRINDO, INDA ME LEMBRO

CONTAVA ESTÓRIAS PRA CRIANÇADA

MINHA MÃE CANTANDO, ACALENTAVA

AS HORAS TRISTES, QUE ALI CHEGAVAM

 

DOBRAVAM OS SINOS, CHEGA O DOMINGO

DESCIA A RUA, MANHÃ CEDINHO

DE ROUPA NOVA, CANTAVA HINOS

LOUVANDO A DEUS, O MEU DESTINO

COM OS PÉS DESCALÇOS, BEM MOÇO AINDA

PISEI NA VIDA POBRE E SOZINHO

ANDEI POR TERRAS, BRINQUEI FOLIA

VENCI A MORTE RAIANDO O DIA

 

CHEGAVAM AS TARDES, ME ENTREGAVA

VIVENDO AS HORAS DE ALEGRIA

PASSAVA O TEMPO, NÃO PERCEBIA A

NOITE NEGRA MATANDO O DIA

E COM ELA TROUXE, MINHA AGONIA

QUE HOJE CANTO, ENQUANTO É HORA

NOS VERSOS TRISTES, SEM FANTASIA

MEMÓRIAS QUE NÃO VÃO EMBORA

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