O mistério e a
tradição da Igreja Católica durante o processo de escolha de um novo papa, no
Conclave, cerimônia em que a fumaça se
torna a única mensageira entre os cardeais e o mundo externo. Foram novamente
manifestados com o anúncio do Papa Leão XIV, o 267º pontífice da história da
Igreja. O primeiro papa foi São Pedro, discípulo de Jesus, que, segundo a
Bíblia, recebeu diretamente dele a missão de estabelecer a Igreja. De acordo
com o Vaticano, o pontificado de Pedro terminou entre os anos de 64 e 67, sendo
sucedido por Papa Linus.
No dia 8 de maio de
2025, Robert Francis Prevost, natural de Chicago, nos Estados Unidos, foi
eleito Papa Leão XIV, sucedendo o legado de Francisco (1936-2025). Em seu
primeiro discurso, ele destacou sua conexão com a Ordem dos Agostinianos,
fundada no século XIII, em 1243. Embora não tenha sido instituída diretamente
por Santo Agostinho (354-430 d.C.), a ordem foi formalmente estabelecida pelo
Papa Inocêncio IV e segue o ideal descrito nos Atos dos Apóstolos: “ter um só
coração e uma só alma, voltados para Deus”. Atualmente, a ordem está presente
em 42 países e conta com cerca de 2,6 mil religiosos. A chamada "Grande
Família Agostiniana" inclui diferentes ramos, como os Agostinianos
Recoletinos, Agostinianos Descalços, Agostinianas Missionárias e os
Agostinianos da Ordem de Santo Agostinho.
A Ordem de Santo
Agostinho (OSA) tem uma forte presença no Vale do Jequitinhonha através da
Província Agostiniana Nossa Senhora da Consolação do Brasil, consolidada desde
1899 com a chegada de missionários espanhóis. Também está presente em outras
regiões do Brasil, incluindo a Arquidiocese de Belo Horizonte, onde há
paróquias e comunidades agostinianas.
Sobre o fundador da
ordem, Aurélio Agostinho — conhecido como Santo Agostinho de Hipona — nasceu em
Tagaste, na África mediterrânea, em 13 de novembro de 354. Filho de Patrício,
um pagão e funcionário público, e de Mônica, cristã devota que mais tarde se
tornaria santa, Agostinho teve um irmão chamado Navígio e uma irmã
possivelmente chamada Perpétua. Durante sua juventude, ele se aproximou do
maniqueísmo, doutrina religiosa de base sincrética (cristã e pagã), que via o
mundo sob uma perspectiva dualista, dividido entre o bem e o mal. Ainda jovem,
envolveu-se com uma mulher e teve um filho com ela aos 18 anos de idade,
Adeodato, mantendo um relacionamento considerado pecaminoso pela Igreja por 13
anos. Após a separação, teve outras relações, mas, segundo a tradição, um dia
de grande angústia mudou sua trajetória: ele teria recebido a visita de um ser
iluminado, possivelmente um anjo, que lhe entregou um livro e ordenou: “Toma e
lê!”. Ao obedecer, encontrou um caminho restaurador no cristianismo. Posteriormente,
o Bispo Ambrósio batizou Agostinho e seu filho. Pouco tempo depois, Adeodato
faleceu, e, pouco depois, sua mãe também veio a falecer. A Igreja celebra o Dia
de Santo Agostinho em 28 de agosto, data de sua morte em 430.
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