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Maria Diva e Alice - Quilombo de Empoeira/Foto: Solange Santos |
O descaroçador de algodão tem uma representatividade
tanto quanto história econômica, quanto a cultural da região do Vale do
Jequitinhonha, tendo em vista que outrora essa peça já foi muito utilizada no
oficio do tear ou da fiata como se diz em algumas comunidades.
Maria Diva Alves dos santos, moradora do Quilombo de
Empoeira, no município de Francisco Badaró/MG, é guardiã de uma peça dessa, no
qual outrora era muito usada por sua família.
Dona Diva, relata que aprendeu o oficio com sua mãe Mariana Ferreira, plantavam o algodão,
descaroçava, fiava e tecia cobertores. Algumas comunidades da região ainda
matem vivo o oficio da tecelagem. O
descaroçador de algodão, patenteado por Eli Whitney em 1794 durante a Revolução
Industrial Americana, revolucionou a indústria algodoeira ao acelerar o
processo de separação das sementes da fibra, impactando profundamente a
economia, especialmente no sul dos Estados Unidos. A ferramenta, de formato
retangular, caracteriza-se por sua funcionalidade e praticidade, com cilindros ranhura
dos para executar a separação e uma manivela lateral que simboliza o esforço
humano no trabalho manual. Iconograficamente, combina materiais como madeira,
associada ao ambiente rural e à tradição, e metais, que representam
durabilidade e resistência. Representações frequentemente destacam o contraste
entre esses materiais, a rusticidade do design e o contexto agrícola, incluindo
trabalhadores operando a ferramenta em cenários rurais, reforçando sua conexão
com a cultura do campo e o trabalho manual. Máquina simples projetada
para separar as sementes das fibras do algodão de forma manual. A sua composição está disposta em base de
madeira com um cilindro de ferro parafusado ao centro contendo manivelas nas
suas laterais. Ao girar
a manivela, o operador move o algodão entre os cilindros, onde o atrito separa
as fibras das sementes. É uma ferramenta essencial para pequenos artesãos e
agricultores que ainda valorizam métodos tradicionais de processamento do
algodão, promovendo uma relação mais direta com a produção têxtil local. Estrutura é feita de madeira resistente, que
fornece durabilidade e estabilidade à máquina. A madeira é utilizada tanto na
estrutura principal quanto na base para firmar o descaroçador durante o uso. O
descaroçador possui dois cilindros giratórios paralelos, feitos de metal, com
superfícies rugosas ou dentadas para agarrar as fibras de algodão. A operação é
manual, acionada por manivelas acopladas os cilindros. Ao girar a manivela, o
movimento rotativo é transferido para os cilindros, que giram em direções
opostas, permitindo a passagem do algodão entre ele. O tamanho varia de acordo
com o modelo e a fabricação, mas o descaroçador manual geralmente tem uma
estrutura compacta, facilitando seu uso em pequenas propriedades e sua
portabilidade. Referências
Bibliográficas: https://pt.dorit-meir.com/significado-historico-do-descarocador-de-algodao Entrevista oral com: Maria Diva Alves dos Santos, moradora do Comunidade quilombola de Empoeira Texto e Pesquisa |
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