quarta-feira, 10 de março de 2021

OPINIÃO DO BLOG - Ninguém é dono do corpo de ninguém

 

A grande Mulata III, de Carybé

 


Ao longo da história as mulheres que nem eram contadas na existência, isso a gente vê desde os tempos do antigo testamento, e que foram se empoderando a medida que foram construindo sua identidade. Miriam irmã de Moisés pega o tamborim e anima o povo no deserto, Rute rompe as barreiras para matar a fome da família e Ester usa de sua beleza e sedução para ajudar seu povo.

Para muitos homens, o empoderamento feminino é uma afronta a sua própria história de dominação e submissão pelas quais submeteram as mulheres. Uma onda grande de feminicidio vem aumentando nos registros de milhões de mulheres que cansadas de não serem percebidas como um ser humano capaz, se colocam como sujeitas da sua história, e abrem novos caminhos.

A grande maioria masculina se percebe em todas as estatísticas. Sempre abaixo, as mulheres erguem a voz para serem respeitadas e construírem seu caminhar.

A não tolerância dessas conquistas levam ao espacamento e morte de tantas mulheres que dão a vida para reescreverem suas histórias. Na política, no trabalho e tantos outros espaços são minorias. Salários menores, assédios e desrespeitos são os registros que seguem na história da construção da mulher sujeito da história.

A pergunta que não podemos deixar de fazer é:  quando o homem vai se conscientizar que não é dono da mulher?

E segue o baile com tantos que não admitem o fim dos relacionamentos opressores, de líderes que se acham no direito de humilhar, e em tantos casos que muitas vezes obrigam as mulheres a ficarem caladas por medo ou por necessidade. Avançamos pouco no quesito mulher como ser humano.

As mídias trazem o tempo todo casos de mulheres violentadas pelo fato de serem mulheres. A luta começada em New York, precisa ganhar força não somente no dia 08 de março, mas em todo momento que a mulher gritar por socorro. Não podemos colocar a mulher no lugar que queremos que elas estejam, é preciso respeito e entender que o lugar da mulher é onde ela quiser.

Muitas barreiras precisam ser quebradas e a sociedade precisa se resignificar a presença da mulher que é capaz, que é produtora de ideias e serviços como qualquer pessoa.

Chega de indicar o que vestir, o que usar e onde ir. A liberdade é a consciência de casa um que precisa entender que o corpo da mulher, a escolha da mulher e profissão da mulher é obra da sua própria escolha.

Por



Um comentário:

  1. Uma reflexão social macro, meso e micro. Quando os homens se somam à essas percepções, é sinal de que as reflexões estão se capilarizando pela sociedade, e isso também é necessário. Obrigada!

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