domingo, 14 de março de 2021

MEMÓRIA CULTURAL - Doce sabor da infância

 

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Há alguns dias atrás, minha irmã nos presenteou com uma grata surpresa, ela fez pirulito caseiro, aquele com formato de Guarda-Chuva, que fazia nossa alegria na infância, se lembraram?

Eu lembrei e voltei no tempo! E a saudade bateu com força, uma doce saudade da infância, vivida intensamente no meu sertão e na minha querida Itinga, e tenho certeza que foi vivida assim também por vocês em suas cidades.

A escola era nossa segunda casa, para estudar, para brincar ou apenas para merendar,

E o recreio era o nosso momento, tempo curto, mas necessário para um conviver de brincadeiras, comer e socializar, todos juntos, independente da cor da pele ou condição social, claro que um ou outro não desfrutava desse momento, uns por timidez e outros porque talvez os pais não gostasse que eles estivessem juntos e misturados.

Mas certo é que assim que o sino tocava a meninada saia correndo, primeiro a merenda, fila, empurra daqui, empurra dali, (acho que isso não mudou muito não), mas toda essa agitação era para saborear aquele cardápio, variado! Um dia tinha mingau “O rosa” e o” Creme”, bolacha de doce (nem era dura assim), farofa de feijão, carne moída (só depois que eu descobri que era soja), um arrozinho com frango ou jabá e aquela sopa de letrinhas, deu até água na boca!

E ainda tinha os vendedores ambulantes que ficavam no portão da escola, uma infinita oferenda de guloseimas e quitutes que toda criança gosta; Puxa - Puxa (arrancava os dentes de tanto puxar de um lado para o outro), chup-chup, Pirulito de Guarda-chuva (Duro? que nada! só não perdia para bala soft), Pastel frito (de carne com batatinha e o de farofa “Clássico”), Coxinha e Enroladinho de salsicha... Já ia me esquecendo das famosas “Paridas”.  

Mas para desfrutar desse banquete só quando os pais davam umas moedinhas, os afortunados comiam pastel e os menos comiam uma Parida, (mesma massa só não tinha recheio), pão de seu Orozino com chup-chup de groselha de Dona Maria de Bispo era manjar dos deuses.

 Além de seu Orozino e Maria de Bispo que vendiam em suas casas (perto da escola), alguns vendedores ainda está na memória outros não; Dona Dalva que vendia pastel, parida Chup-chup e pirulito, todos colocados em um tabuleiro cheio de buraquinhos, Dona Maria que vendia biscoito de farinha e Dona Neli que vendia pastel.

E por incrível que pareça, ainda sobrava tempo para correr pelos pátios em brincadeiras intermináveis, suados, mas revigorados voltávamos à sala de aula para mais uma etapa de aprendizado.

A gente cresce, o tempo passa rápido, mas fica para sempre o doce sabor da infância.

 

Deixe nos comentários seus doces sabores de infância.

 

RECEITA DE PIRULITO GUARDA-CHUVA

 

MATERIAL NECESSÁRIO

Fôrmas de alumínio próprias

Palitinhos de madeira 5 cm de comprimento

Papel de embrulho para enrolar

Tabuleiro apropriado

 

INGREDIENTES

1 copo de água

3 xícaras de açúcar

10 gotas de limão

Óleo para untar a forma

 

MODO DE PREPARAR

Levar todos os ingredientes ao fogo.

Não mexer durante o tempo (de 15 a 20 minutos) em que a panela estiver no fogo. 

Para obter o "ponto de vidro", por um prato fundo com água ao lado do fogão e pingar a mistura, que no ponto certo, deverá "quebrar" como um vidro.

Ainda quente, passe o caramelo nas formas untadas com óleo, colocando em seguida, os palitos.

Retirar das formas quando estiverem duros.

Enrolar um a um a um e colocar nos tabuleiros apropriados.


Por 



 

 

Um comentário:

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