Certo dia recebi uma cartinha, de uma ouvinte do meu programa espaço cultural, no qual apresento nas manhas de domingo na Radio Comunitária Cultura FM. Pois bem nesta cartinha a ouvinte me diz que se chama fulana de tal e que tem 26 anos e que mora na zona rural, me elogiou pelo programa e pelas musicas regionais que se toca em nossa programa, mas ela diz: esta carta não tem a intensão apenas de elogiar o seu programa, esta carta é para compartilhar com você as minhas angustias, e assim ela começa, " Certo dia ouvindo seu programa ouvi uma bela mensagem, uma daqueles que você sempre lê ao iniciar seu programa, pois bem a mensagem narrava a historia de três pessoas que estavam em um barco, mas o barco furou em uma das pontas e uma das pessoas começou a tirar a água, enquanto da outra ponta um conversava com o outro - Não devíamos ajuda-lo a tirar a água? e outro debochando disse: Não! a água esta entrando no lado dele.", pois bem continuou ela mas se eles estavam todos no mesmo barco com certeza se a pessoa que se esforçava cansasse o barco iria afundar com todos dentro. e assim é em nossa comunidade, muitas vezes deixamos de fazer algo coletivo por acreditar que o problema não é nosso, queremos a solução do problema , mas não quero ajudar a soluciona-lo, e assim ela finalizou a carta, talvez as suas mensagens chega ao ouvido de um ouvinte e outro e vai embora, mas para alguns ela terá grande importância!
Pois assim em tempos de crises me recorri esta reflexão feita por uma mulher, um mulher guerreira tão comum no Jequitinhonha, para que nos cidadãos possamos pensar um pouco mais sobre tantas coisas erradas que acontecem no mundo, em nosso país, em nosso estado , em nossa cidade, e ai me pergunto até quando vamos achar que a água que entra no barco é de responsabilidade do outro, precisamos sair do nosso estado de hibernação e fazer a nossa parte, por mais pequena que seja ela fará a diferença, pense nisso, ou você vai querer afundar sem fazer nada?
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