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Na minha infância, costumava ir para
roças de famílias conhecidas e uma das coisas que me chamava atenção naquelas
cozinhas, eram os tachos de fazer doces em tamanhos variados.
A
características destes utensílios podiam ser vistos como preto por fora e
avermelhados por dentro que reluziam em contato com os raios de sol que
entravam nas frestas das janelas. Cheguei a pensar que aquilo devia ser feito
de ouro, de tanto brilho que tinha. Ficavam pendurados em ganchos acima do
fogão , debaixo de mesas grandes de
madeira, ou, naqueles quartinhos , que
conhecemos como despensa E para
aguçar minha imaginação, achava que somente ciganos é quem fazia esses tachos,
porque de tempos em tempos , apareciam uns ciganos diferentes, armavam suas
barracas, instalavam suas famílias por ali
e os homens tinham carros
carregados de peças daquelas que eu via nas casas, desde alambiques para
fabricação de cachaça, serpentinas para
esquentar água e vasilhas como os tachos para fazer doce e rapadura,
principalmente.. Como
os ciganos gostavam de ouro, a começar pelos dentes, relógios e as mulheres
cheinhas de colares, pulseiras, brincos e confirmavam que era ouro, então
achava que as peças que eles vendiam também era de ouro. E acreditava que havia grupos de ciganos mais
rico que outros, pois tinham aqueles que faziam alvoroço quando entravam na
cidade, roubando tudo que achavam, desde galinha, porco e na esperteza da
leitura das mãos, esse considerava pobres só sabiam roubar e trapacear nos
negócios com os cavalos, enquanto os ciganos ricos não causavam confusão e viviam
a negociar suas mercadorias reluzente que para mim, era tudo de ouro. Até
o dia que passei a frequentar às escondidas a barraca de uma família cigana. Entre
conversas e curiosidades me contaram que as peças que vendiam não eram de ouro,
mas cobre. E que os ciganos, eram grupos nômades com diferentes gerações, mas
que gostavam e prezavam a vida daquela maneira e cada grupo tinha seu jeito de ser
e sobreviver.
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