quarta-feira, 22 de abril de 2020

Narrativas do Festivale - Por Herena Barcelos


Herena Barcelos, natural de Itinga, nutricionista, agente cultural, poeta/escritora, presidente do Centro Cultural Escrava Feliciana de Itinga, uma das idealizadoras e articuladoras do Coletivo dos Poetas e Escritores do Vale do Jequitinhonha.









Do FESTIVALE de todos, um FESTIVALE de cada um: o FESTIVALE de Herena

Por Herena Barcelos

Amor é clichê. O bom é que ninguém liga. Aprendi cedinho que o Festival de Cultural Popular do Vale do Jequitinhonha é um movimento que abraça. Quase tudo. Até clichê. É até clichê. Mas eu amo essa festa mesmo. Na mais ingênua vereda do verbo. E na mais arrazoada também. Afora o desapego que me propus ao que não foi, não me vejo mais feliz em, nenhum que seja, outro espaço. Não me vejo mais feliz em outra história. Nem gente.

Admiração também. E isso é gostoso. É terno demais admirar o que a gente ama. E ser admirado pelo que a gente é. É assim que sinto, um espaço de gente preocupada em ser gente, no sentido mais intrínseco do humano. Não é que sempre dá certo, mas não vejo nada mais humanizador que a busca.

Ai vem gratidão. Eu sinto que, nessa toada do contato com o que há de mais genuíno na cultura, o FESTIVALE e seus afluentes me deram a mim. E há um aconchego fraternal nessa descoberta de pertencer, a si, ao junto, à terra. Foi nesse espaço que descobri o cotidiano da poesia, adentrando sem perceber no sonho de ser escritora. E ganhei arte, gente, carinho, conhecimento, deleite, beleza. Existe uma magia para além do já muito gostoso que a gente pode tocar.

 E uma dívida. Eu devo muito ao FESTIVALE. Porque sou feliz sendo quem sou, e isso é um dos grandes baratos da vida. Mas é uma dívida de mão única. Ele tão pouco me cobra. Só disposição. E quando dou, em qualquer tantinho, recebo um lote de volta. Sequer tem equilíbrio.

Muito do que fica é o gostinho teimoso de esperança. Uma fé numa força corrente que se faz no próprio caminho. Viva! Ao contrário do que pude pensar, não são os fins, mas o carinho pelo caminhar é que dá sentido à vida, porque faz a alegria habitual.

Sinto ternura. Imensa.

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7 comentários:

  1. Bom demais poder falar desse mundo tão importante chamado FESTIVALE

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  2. Herena, Helena, Madalena. As gavetas que se manifestam no palco do festivale.

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  3. Herena, Helena, Madalena. As facetas que se manifestam no palco do festivale.

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  4. Vc é toda Festivale, minha poetisa!!!!

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  5. Beleza pura Herena.
    O festivale é a nossa casa e cara.

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  6. Herena, a menina itinguense que muito tem somado na cultura Valina. Tu fala em admiração e certamente é admirada por muitos.

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