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Com tudo que temos vivido nesta nova
realidade, o resignificar precisa ter seus créditos. O olhar que contemplava um
horizonte distante nós situou no perto, no logo ali. Fomos barrados da nossa
pressa.
E éramos apressados em tudo. No
trabalho, nas relações e nas orações. O imediatismo, o capitalismo e o
hedonismo dominou o ser. E tivemos que desacelerar. Aquela expressão "pare
o mundo que eu quero descer" se fez real.
O mundo de fato parou, mas não tinha
pra onde descer. O sonho das ruas livres, dos parques transitáveis e um grande
silêncio, coisas quase impossíveis de acontecer, passou a ser o real.
O improvável aconteceu, o ser
redescobriu a família, desacelerou e passou a refletir melhor. Desacelerado o
ser se redescobriu e desencantou de si mesmo. Viu a distância que construiu
entre ele mesmo e todos os outros.
A dor em mudar causou feridas na alma. O acostumar com tudo construiu outro tipo de vivência. O novo traz medo e reações adversas, o novo "homem" com as roupagens velhas insiste em falar em uma nova ordem, em fazer diferente. E a recriação se dá.
O mudar, o simples fato da mudança
deixa o ser humano desesperado, sempre acostumado a ganhar e tirar vantagem, se
curva diante da partilha, da necessidade. A exploração devia da lugar a
solidariedade. Mas, muda tudo. Mas, dentro, o ser não muda.
Por
Profunda reflexão. Nós faz parar pra pensar.
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