O quiabo(cujo
nome científico é Abelmoschus esculentum) tem origem
africana e possivelmente começou a ser cultivado na região entre o Egito e a Etiópia. Mas é também muito consumido no Sudão, Nigéria, Mali, Guiné-Bissau e
Burkina Faso. Nos Estados Unidos ele é considerado um alimento típico dos
Estados do sul.
Sua
chegada às Américas tem íntima relação com o triste período do tráfico
negreiro. Ao traficar as pessoas capturadas na África, o vegetal também foi
trazido para o “Novo Mundo”. Os primeiros registros do alimento em terras
brasileiras datam de século XVII.
O quiabo também tem uma importância, além da
culinária, na cultura afro-brasileira. No candomblé, existem rituais em que o
alimento é utilizado como oferenda aos orixás Ibeji, protetor das crianças, e
Xangô, que representa a justiça. Também pode ser preparado como o “ajebo ou ajébo,
feito com seis ou doze quiabos cortado em "lasca", batido com três
clara de ovos até formar um musse, regado com gotas de mel de abelha e azeite
doce. Colocado em uma gamela forrada com massa de acaçá ou pirão de farinha de
mandioca, ornado com doze quiabos inteiros, doze moedas circulante, doze bolos
de milho branco e seis Orobôs. A mesma oferenda pode ser oferecida a outras
qualidades de Xangô, todavia acrescenta-se azeite de dendê e substitui os doze
bolos de milho branco por doze acarajés
Quiabo cru, cozido, refogado, assado ou
frito. Não importa o modo de preparo, quiabo é um desses alimentos que permite
uma infinidade de combinações.
Atualmente, é cultivado em diversas regiões
do País, principalmente no Sudeste. Entretanto, um dos maiores produtores do
vegetal fica no sertão sergipano. Localizado no município de Canindé de São
Francisco, no Alto Sertão Sergipano, o Perímetro Irrigatório Califórnia é
referência no cultivo.
Em razão da quantidade de
fibras presente no fruto, ele também é indicado no combate à aterosclerose,
pois diminui os riscos de derrame e ataques cardíacos. Rico em
vitaminas A, C, B1 e cálcio, há relatos na literatura de pacientes que se
alimentaram desse fruto e tiveram melhoras em problemas como colesterol,
refluxo, úlcera e asma. Nesse último caso, o benefício está associado ao
elevado teor de vitamina C. Popularmente, o quiabo também é usado no tratamento
de depressão e ansiedade
OUTRAS FONTES CONSULTADAS
A ORIGEM da Culinária
Mineira: 300 anos de receitas bem guardadas. Disponível em: http://zip.net/bjtqWy
OFERENDAS e comidas dos
Orixas. Disponível em: http://zip.net/bvtrlg
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