A
grande Mulata III, de Carybé
|
Ao
longo da história as mulheres que nem eram contadas na existência, isso a gente
vê desde os tempos do antigo testamento, e que foram se empoderando a medida
que foram construindo sua identidade. Miriam irmã de Moisés pega o tamborim e
anima o povo no deserto, Rute rompe as barreiras para matar a fome da família e
Ester usa de sua beleza e sedução para ajudar seu povo.
Para
muitos homens, o empoderamento feminino é uma afronta a sua própria história de
dominação e submissão pelas quais submeteram as mulheres. Uma onda grande de
feminicidio vem aumentando nos registros de milhões de mulheres que cansadas de
não serem percebidas como um ser humano capaz, se colocam como sujeitas da sua
história, e abrem novos caminhos.
A
grande maioria masculina se percebe em todas as estatísticas. Sempre abaixo, as
mulheres erguem a voz para serem respeitadas e construírem seu caminhar.
A
não tolerância dessas conquistas levam ao espacamento e morte de tantas
mulheres que dão a vida para reescreverem suas histórias. Na política, no
trabalho e tantos outros espaços são minorias. Salários menores, assédios e
desrespeitos são os registros que seguem na história da construção da mulher
sujeito da história.
A
pergunta que não podemos deixar de fazer é:
quando o homem vai se conscientizar que não é dono da mulher?
E
segue o baile com tantos que não admitem o fim dos relacionamentos opressores,
de líderes que se acham no direito de humilhar, e em tantos casos que muitas
vezes obrigam as mulheres a ficarem caladas por medo ou por necessidade.
Avançamos pouco no quesito mulher como ser humano.
As
mídias trazem o tempo todo casos de mulheres violentadas pelo fato de serem
mulheres. A luta começada em New York, precisa ganhar força não somente no dia
08 de março, mas em todo momento que a mulher gritar por socorro. Não podemos
colocar a mulher no lugar que queremos que elas estejam, é preciso respeito e
entender que o lugar da mulher é onde ela quiser.
Muitas
barreiras precisam ser quebradas e a sociedade precisa se resignificar a presença
da mulher que é capaz, que é produtora de ideias e serviços como qualquer
pessoa.
Chega
de indicar o que vestir, o que usar e onde ir. A liberdade é a consciência de
casa um que precisa entender que o corpo da mulher, a escolha da mulher e
profissão da mulher é obra da sua própria escolha.
Por
Uma reflexão social macro, meso e micro. Quando os homens se somam à essas percepções, é sinal de que as reflexões estão se capilarizando pela sociedade, e isso também é necessário. Obrigada!
ResponderExcluir