Desde o princípio dos tempos, olhar o corpo e elaborar
julgamentos vem sendo pauta desde a criação. Adão e Eva nus se envergonharam de
estar na presença de Deus.
De lá para cá,
poucas mudanças fizemos em nossa relação com o corpo. Certos de uma valorização
exarcebada, a sociedade machista começou a ditar o tipo de corpo que seria "ideal" e seguimos a risca.
A moda assumiu o controle e o consumismo fez as regras.
Não olhamos mais para as pessoas como seres humanos, mas como possibilidade de
corpo. E, guardamos as regras como um catecismo a ser seguido.
Lotamos as academias, deixamos os corpos torneados, e
muitas vezes a mente vazia. Nunca nos satisfazemos e dizemos sempre "tá
pago" porque temos que dar satisfação aqueles que nos mantêm.
O processo corporal tomou proporções gigantescas que não
cansamos de ver pessoas morrendo na busca pelo corpo perfeito e tantos corpos
mutilados pela irresponsabilidade e pela busca desenfreada em ganhar dinheiro,
clínicas clandestinas e academias sem compromissos. Lotamos as academias para
que as regras sejam cumpridas, mas não lotamos as bibliotecas em busca de verdadeiro conhecimento que nos liberte, não
corporalmente, mas humanamente.
Seguimos falácias sobre o conhecimento e repassamos os
fakes, as redes sociais são as grandes incentivadoras dessa busca desenfreada
pelo corpo perfeito, que muitas vezes precisava ser canal de saúde e
desenvolvimento humano.
tempo do reencontro, da harmonia humana, chegará quando
estivermos dispostos a ter uma visão holística do que fazemos de nós e do nosso
corpo.
O dia da celebração será quando libertos dos grilhões
sociais construir o ser humano que precisamos ser.
Por
Ótimo texto!!!! Vivemos hoje perdidos em um mundo meio maluco, preocupa-se com a aparência e esquece de tudo. Até onde se pode chegar vivendo somente de aparência..
ResponderExcluirInfelizmente isso tem sido passado até mesmo às crianças e sobretudo a nossos jovens. O culto ao corpo é perigoso e cruel.
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