Na foto Pezinha do "Carambola Filmes" da cidade Araçuaí/MG" |
As tranças
não é apenas estilo, é uma forma de arte
e sempre muito popular entre as
mulheres, mas nesta atualidade estendida aos homens. Seu aparecimento remonta a
3.500 a.C. e, desde então, tem sido sinal de status social, etnia, religião e
resistência racial. A indicação de sua origem seria da Namíbia, na África, território que abriga dois grandes desertos:
o deserto da Namíbia e o deserto de Kalahari. No cenário mundial é grande produtor de
diamantes e de urânio mas com distribuição de renda desigual. A maioria
da população negra é pobre enquanto a minoria branca concentra a maior parte
das riquezas.
No Brasil no
tempo da escravidão o cabelo servia como espécie de mapa, porque era feito no
trançado a rota de caminhos, que indicavam para se chegar nos quilombos. Também
escondiam nas tranças, sementes que serviam para plantarem nos lugares onde
estivessem para lembrar dos seus antepassados. E ainda, podiam esconder algum
mineral, que serviria para libertar mais irmãos negros.
As tranças
trazem diversos significados que varia
desde a posição social, etnia e crença
como: Trança Nagô – que descende do povo Nagô(Iorubá); Afro Bantu – carregam a
simbologia da realeza;Dreads – indicam resistência, etc.
Nesta
atividade há uma relação de afetividade,
pois no aprendizado do fazer tranças é o momento de conversar e passar
ensinamentos. É uma prática demorada, por isso é oportuno o uso da fala, do
canto e toda experiência.
Atualmente
tem sido fonte de renda para muitas famílias, se antes era meio para a se
ganhar a liberdade e afirmar nas tranças a etnia da qual pertencia. Hoje as tranças é meio de sobrevivência e
resistência para reafirmar os caminhos percorridos dos ancestrais negros. Não
importa agora a cor da pele ou de estética, mas importante saber que o trançado remete a existência do povo negro e usar tranças,
significa valorizar a cultura afro-brasileira.
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