A dica da semana no contexto literário é do escritor Mauro. Ele que é graduado em História pela UFOP, mestre em Gestão e Avaliação da Educação Pública pela UFJF, pertence ao quadro da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais, onde atua como inspetor escolar pela SRE de Teófilo Otoni. Sua origem está vinculada à cidade de Alvinópolis, região central de Minas Gerais, terra do grande poeta setecentista Frei de Santa Rita Durão e do escritor e crítico literário José Afrânio Moreira Duarte.
Conheceu o Vale do Jequitinhonha no ano de 2002, quando decidiu, definitivamente, residir na região, motivado pelo encantamento que a cultura e a gente do Vale causaram nele. Atualmente reside no município de Caraí, sendo cidadão honorário dessa cidade. Amante do artesanato em cerâmica coleciona peças da artesã Neomísia, Margarida, José Maria Pereira, entre outros.
Nas palavras do escritor, "Minimamente", seu terceiro livro, publicado em 2019, traz referências a questões sociais, levando o leitor a refletir sobre as injustiças e desigualdades que predominam na sociedade. Seus textos tocam em temas sensíveis como a fome, a miséria e o abandono, num evidente esforço de utilizar a arte como um instrumento de mobilização e consciência social. Percebe-se, em parte da obra do autor, a valorização de textos curtos e impactantes, influência dos haicais japoneses, gênero literário que tanto aprecia. Algumas de suas poesias foram musicadas e concorreram em festivais tradicionais pelo interior de Minas nos anos 90.
Com o poeta a lua copulava.
Estava nua, seu sangue escorria.
O poeta tentava expressar o amor sentido,
a palavra entranhada resistia...
A hora do êxtase a folha branca aguardava....
nascia, finalmente, a primeira poesia.
Mauro Sílvio
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