Se
olharmos os nossos ancestrais, a partilha era a forma concreta de viver a vida.
O tempo passou e nos distanciamos dessa prática e começamos a acumular.
Formamos
muitos grupos desvirtuando o ensinamento das primeiras comunidades, viver em
comum. E mais, temos consciência de que tem alguém passando necessidade.
Acompanhamos
o desaparecimento dos movimentos sociais e religiosos que sempre cuidaram dos
mais pobres. Ficamos todos pobres, de espírito. Esvaziamos os encontros que
debatem sobre a vida e deixamos de cuidar. Sobrecarregamos os pequenos grupos
que insistem em continuar no princípio da partilha.
E
muitas vezes criticamos e julgamos no intuito de se colocar como fiscalizador
sem nada produzir. O que aconteceu com o ser humano? Esqueceu o princípio do amor?
Não acreditam mais na partilha? As famílias estão deixando de lado os bons
ensinamentos para os filhos.
Não
incentivam mais o exercício da caridade. Ainda pequeno minha mãe todos os dias
quando alguém passava pedindo esmolas ela fazia questão que nós fossemos até a
porta dar algo para aquelas pessoas.
A
princípio, eu odiava, porque muitas vezes estava fazendo alguma coisa, mas,
crescido e formado da vida, compreendi o que aquela mulher semi alfabetizada
com tanta sabedoria queria me ensina.
A
saída, é retomar o papel da família e vivermos primeiro o processo da caridade
dentro das nossas casas. A partilha é a capacidade de cada um sentir a dor do
outro e nos comprometermos.
Por
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