As mulheres no Brasil de 1950 usavam
vestidos que realçavam as cinturas finas, anáguas e combinações por baixo, não
usavam calças compridas e, quando necessário, enchimento com pano nos soutiens.
A generosa mini-saia ainda não havia sido introduzida. Só viria deleitar os
homens, dez anos depois.
Os homens começavam
sua elegância com brilhantina ou óleo glostora no cabelo, quase sempre um
bigode na cara, terno e gravata até para
os momentos menos formais, lencinho no
bolso do paletó e alguns componentes de segurança como o suspensório. Os
membros da alta sociedade, os gigolôs e poucos mais usavam o sapato de bico
fino, inimigo figadal de unhas encravadas.
Em Araçuaí, as moças usavam belos
vestidos de chita estampada para os dias comuns e elegantes vestidos de seda
para as festas. Os soutiens, feitos em casa, não impediam o destaque das
protuberâncias superiores, só prejudicadas após o oitavo filho.
Os homens, sempre com paletós muito folgados, feitos
de brim cáqui, não usavam gravatas. Os mais velhos usavam chapéu, nem sempre da
marca Ramenzoni, como os mais velhos, ricos, usavam.
Texto extraído do livro: Araçuaí ano
1950-Histórias de um menino da Rua de Baixo. Autor:Lindolfo Ernesto Paixão,2004.
Páginas 42 e 43
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