segunda-feira, 25 de abril de 2022

MEMÓRIA CULTURAL - Moringa

 

Moringa em Argila ( Vale do Jequitinhonha) -Imagem: Internet

           Para quem conhece Araçuaí, sabe como o clima é quente, principalmente nos finais de tarde, então tomar sorvete é sempre uma opção para refrescar e,  colocar a prosa em dia com os amigos.

            Aqui tem uma sorveteria, que faz jus ao nome do sorvete “Amigo”. Mas o que chamou minha atenção nesse dia foi à gentileza da moça que me atendeu.

            Sabe-se que ao ingerir qualquer alimento doce, o açúcar é digerido no estômago e logo depois vai para a corrente sanguínea. Quando as partículas chegam no sangue, começam a circular por todo o corpo,  neste processo , passa a ser menos  líquida e as partículas de açúcar do sangue que circula pelo corpo, faz  que a água saia de suas células e vá para a corrente sanguínea. Então o Hipotálamo que fica situado na base do cérebro, percebe a concentração de açúcar,  cria uma espécie de alerta para  consumirmos  mais água, por isso a sensação de sede.

            Neste instante do sentir sede, chegou a minha mesa, a  moça segurando uma bandeja contendo uma moringa de barro, decorada  por motivos florais, cheia de água  e um copo.  Isso foi de uma gentileza! Então entendi o lema da empresa: Transformar dificuldades em oportunidades.

            Porque este tipo de moringa é de origem indígena, sua existência remonta a milhares de anos e diferentes culturas e no Vale do Jequitinhonha é produzida por mulheres artesãs. Aprenderam o ofício com suas matriarcas  e  mantêm a técnica até os dias atuais. Atualmente o uso das moringas vai além do transporte de água e adorno decorativo, porque produz diferentes sentidos e sentimentos como: gentileza, ternura, cuidado, trabalho, vida, família  e cultura de um povo. Viva nossas mulheres artesãs!  


Por



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