Fico
muito feliz em saber que a minha escrita chega no coração de alguém, e é por
isso que insisto nessa loucura gostosa que é a arte de deixar sair de si, da
sua alma, algo que vai tocar na alma do outro.
Muitas
vezes fui convidado a dar palestras por aí, vejam bem, dar palestras. Que
ousadia a minha. E numa dessas para professores que mais já falei na minha
vida, cheguei mais cedo e fiquei por ali no meio do povo.
A
coordenadora do evento se aproximou e uma professora amiga dela estava próxima
e ela me apresentou dizendo, este é o palestrante. E ela, fez uma checagem como
se checa um código de barra. E acrescentou: ah, é você? Fui para a mesa de
debate, tudo preparado para falar da ação transformadora em Paulo Freire e
outros. Mas, aquele é você, não me deixou em paz.
E
resolvi retomar a filosofia de Platão, o admirar-se. Estamos viciados em não
gostar das pessoas, estamos viciados em falar mal das pessoas, estamos viciados
em não querer o bem do outro.
As
nossas virtudes, nossos valores estão sendo encobertos por um vício como erva
daninha. Não conseguimos dar um passo adiante e elogiar, acrescentar e acima de
tudo amar.
Olhar
para as pessoas com olhos de amor. E muitas vezes, nos sentimos bem porque
estamos cegos por este vício que nos faz olhar para nós mesmos.
O
que nos faz vencer o vício é a capacidade de nos transformar a cada dia. Fazer
da vida uma constante admiração.
Ser
no mundo e fazer a diferença. Superar o mesquinho, o fútil e o vício. Construir
vida plena.
Por
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