O
legal de escrever é que nunca sabemos de fato em que coração está chegando, e
como está chegando. E sei que neste tempo de pandemia o isolamento social e o
distanciamento físico nos faz frágeis e ao mesmo tempo desperta em nós um
desejo de fazer a diferença.
E
bem sei que ler algo que toca o coração da gente é bálsamo. Tenho ouvido muito
neste tempo “eu não aguento mais" fomos tirados dos nossos e de nós mesmos
de uma forma brusca e começamos a ver demais o outro partir e a sensação de
vazio e angústia aumentando no peito.
E,
parecia não ter saída. Resolvi agi e comecei a falar de mim. E as pessoas se
sentiram bem com os meus escritos. Escrevi crônicas e contos da minha
trajetória como preto nesta sociedade tão dura.
E
quem disse que a pandemia é só da covid. Em casa, sozinho e cheio de
informações, começamos nos reinventarmos e resignificarmos tentando organizar a
vida. E quem disse que a vida não é uma grande pandemia?
Nosso
Ego joga das profundezas aquilo que tentamos esconder a vida toda e com a pandemia
o monstro ressuscitou. O Ego, coitadinho, fica louco porque vive das regras que
a vida nos propõe. Melhor mesmo é o Superego tendo resignificar as regras e uma
nova ética.
É
hora de arrumar a casa, de arrumar a vida e planejar a nova trajetória. Novos
tempos, novas regras. O vazio da multidão que nos deixou, não será só história,
será saudade para refazer a caminhada.
O
ontem quando éramos todos juntos esquecemos de ser para todos, éramos apenas
um. Hoje, quando nos separamos, entendemos que precisamos ser todos sem
estarmos juntos.
A
pandemia veio para nos alertar que precisamos cuidar do meio, das pessoas e de
nós mesmos.
Hoje,
é só uma quarta. Temos ainda a vida toda.
Por
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