Herena Barcelos, natural de Itinga, nutricionista, agente cultural, poeta/escritora, presidente do Centro Cultural Escrava Feliciana de Itinga, uma das idealizadoras e articuladoras do Coletivo dos Poetas e Escritores do Vale do Jequitinhonha.
Do FESTIVALE de todos, um FESTIVALE de cada um: o FESTIVALE de Herena
Por Herena Barcelos
Amor
é clichê. O bom é que ninguém liga. Aprendi cedinho que o Festival de Cultural
Popular do Vale do Jequitinhonha é um movimento que abraça. Quase tudo. Até
clichê. É até clichê. Mas eu amo essa festa mesmo. Na mais ingênua vereda do
verbo. E na mais arrazoada também. Afora o desapego que me propus ao que não
foi, não me vejo mais feliz em, nenhum que seja, outro espaço. Não me vejo mais
feliz em outra história. Nem gente.
Admiração
também. E isso é gostoso. É terno demais admirar o que a gente ama. E ser
admirado pelo que a gente é. É assim que sinto, um espaço de gente preocupada
em ser gente, no sentido mais intrínseco do humano. Não é que sempre dá certo,
mas não vejo nada mais humanizador que a busca.
Ai
vem gratidão. Eu sinto que, nessa toada do contato com o que há de mais genuíno
na cultura, o FESTIVALE e seus afluentes me deram a mim. E há um aconchego
fraternal nessa descoberta de pertencer, a si, ao junto, à terra. Foi nesse
espaço que descobri o cotidiano da poesia, adentrando sem perceber no sonho de
ser escritora. E ganhei arte, gente, carinho, conhecimento, deleite, beleza.
Existe uma magia para além do já muito gostoso que a gente pode tocar.
E uma dívida. Eu devo muito ao FESTIVALE.
Porque sou feliz sendo quem sou, e isso é um dos grandes baratos da vida. Mas é
uma dívida de mão única. Ele tão pouco me cobra. Só disposição. E quando dou,
em qualquer tantinho, recebo um lote de volta. Sequer tem equilíbrio.
Muito
do que fica é o gostinho teimoso de esperança. Uma fé numa força corrente que
se faz no próprio caminho. Viva! Ao contrário do que pude pensar, não são os
fins, mas o carinho pelo caminhar é que dá sentido à vida, porque faz a alegria
habitual.
Sinto
ternura. Imensa.
Partilho.
Bom demais poder falar desse mundo tão importante chamado FESTIVALE
ResponderExcluirHerena, Helena, Madalena. As gavetas que se manifestam no palco do festivale.
ResponderExcluirErrata. Facetas
ResponderExcluirHerena, Helena, Madalena. As facetas que se manifestam no palco do festivale.
ResponderExcluirVc é toda Festivale, minha poetisa!!!!
ResponderExcluirBeleza pura Herena.
ResponderExcluirO festivale é a nossa casa e cara.
Herena, a menina itinguense que muito tem somado na cultura Valina. Tu fala em admiração e certamente é admirada por muitos.
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