segunda-feira, 13 de abril de 2020

MEMÓRIA CULTURAL: FESTIVALE 40 Anos



Neste ano de 2020, nosso amando FESTIVALE estará completando 40 anos de existência, ou seja, em 1980, mas precisamente de 25 a 27 de Julho na cidade de Itaobim nascia o FESTIVALE.
E para comemorarmos esta data tão significativa para o Vale do Jequitinhonha, nosso espaço livre, a partir de hoje e durante 40 semanas irá fazer diversas publicações cujo tema esteja relacionado ao FESTIVALE: Curiosidades, fotos, Cartazes, Depoimentos e as diversidades expressões culturais e sociais que perpassam por este espaço democrático de transformações pessoais e comunitárias.
Desde quando comecei a participar do FESTIVALE, criei o habito de  arquivar e pesquisar tudo sobre este evento que encantou meus olhos de adolescente. Estas informações estão sendo copiladas nos últimos 25 anos, no qual virou  o projeto de um livro com previsão de lançamento para 2021, contado os detalhes de cada uma das 36 edições do FESTIVALE já realizadas. Algumas informações deste meu trabalho de pesquisa serão disponibilizadas aqui no blog.

Caso vocês tenham Histórias, casos, curiosidades, fotos ou aventuras vividas em alguma edição dos FESTIVALES, compartilhem com nós para que possamos publicar e comemorarmos esta data importante para nosso movimento cultura.
Contato:
Jô Pinto
Zap ( 33) 98818-2864

Vale, Vida, Verde, Versos e Viola

Jô Pinto – Itinga /MG




                                           BREVE HISTÓRICO DO FESTIVALE
Arquivo Tadeu Martins

 Em 1974 a ONU declara que o vale do Jequitinhonha é um dos lugares mais pobres do mundo e a região passou a ser chamada de “Vale da Miséria”. Eram tempos da ditadura militar e um grupo de jovens estudantes do vale resolveram movimentar para dar um basta nas injustiças sociais que afetavam não só o Jequitinhonha, mas todo o país. Em novembro de 1977, esse grupo de jovens percorrem várias cidades do vale a fim de angariar fundos para criação de um jornal.
Entre eles estavam Tadeu Martins e João Lefu, da cidade de Itaobim, aos quais logo se juntaram Aurélio Silby e Castilhinho, também de Itaobim, e George Abner, de Pedra Azul. Juntos lançam, em março de 1978, o numero zero do jornal Geraes.
Em novembro de 1979, o Geraes promoveu, em Itaobim, um Encontro de Compositores, com um grande show denominado “ Procurados” que devido ao sucesso, tornou-se um espetáculo itinerante, que foi levado a palco em diferentes cidades
Para uma melhor organização do movimento cultural do vale foi criado, já em 1980, pelo mesmo grupo, agora bastante aumentado, o CCVJ - Centro Cultural do Vale do Jequitinhonha..
Tadeu Martins, filho de Itaobim, propõe ao grupo a criação de Festival onde não só teria o Festival da Canção, mas que também  tivesse apresentação das demais formas de expressões culturais do Vale e assim naquele mesmo ano, o CCVJ e O Jornal Geraes realizam o 1º FESTIVALE que acontece na cidade de Itaobim.
Em 1983, o CCVJ sofre um racha e surge uma outra organização, o MCPJ – Movimento Cultural Popular do Vale do Jequitinhonha, que passa a editar o Geraes, mas a organização do FESTIVALE continua com o CCVJ.
Em Janeiro de1987, com o Geraes fora de circulação, o CCVJ e o MCPJ voltam a se unir e nasce assim o CCAVJ – Centro Cultural e Artístico do Vale do Jequitinhonha, que passa a organizar o FESTIVALE e os Encontros de Cultura Popular do Vale do Jequitinhonha.
No dia 25 de agosto de 1990, em reunião na cidade Taiobeiras, o CCAVJ é extinto e, em seu lugar, surge a FECAJE – Federação das Entidades Culturais e Artísticas do Vale do Jequitinhonha. Desde então a FECAJE é responsável pela realização do Festivale e do Encontro de Cultura Popular do Vale do Jequitinhonha até o dias atuais.

Fonte: Extraída do livro piloto " FESTIVALE, Povo, Cultura e Resistência" de Jô Pinto

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