segunda-feira, 3 de novembro de 2025

MEMÓRIA CULTURAL - Moço Araldo de Araçuaí


 

Ontem ‘  Dia dos Finados” foi instituído pela Igreja Católica na França no século X. Segundo as histórias, era tradição que, nesta data, os monges orassem pelos mortos, sobretudo pelos falecidos que eram esquecidos por seus familiares, por ordem do abade Odilo de Cluny.

A escolha do dia 2 de novembro como Dia dos Mortos foi realizada por suceder o Dia de Todos os Santos, celebrado no dia 1º de novembro.

No entanto, reza-se pelos finados ao menos desde o Império Romano, quando os mártires eram homenageados nas catacumbas em que eram sepultados.

Apesar dessa data ter sido instituída no século X, ela só foi oficializada pela igreja católica no ano de 1915 pelo Papa Bento XV. Desde então, todos os anos, o Papa reza uma missa em homenagem aos mortos. 

Outras religiões e culturas também homenageiam seus entes falecidos neste mesmo período com os mais variados rituais em países como: México, Guatemala, Japão, Espanha, etc.

Curiosamente resolvi narrar aqui uma história de Araçuaí, daquelas que posso dizer o milagre, sobre o santo, mas não posso dizer quem me contou, é sobre um rapaz chamado Aroldo.

 Este jovem devia sofrer de transtornos mentais, mas, pessoas com qualquer tipo de transtorno mental, não tinha nenhum tipo de tratamento ou apoio, nesta cidade. Muitos viviam pelas ruas ou trancados em suas casas, alguns até amarrados e o tratamento desumano por familiares e comunidade em geral.

Graças ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) em Araçuaí, a partir de 1997 na gestão da prefeita Maria do Carmo Ferreira da Silva, bem como a fundação da APAE   em 1998, com os objetivos de abrir espaços e oportunidades para que, as pessoas com deficiências possam lutar por uma sociedade mais justa e igualitária, em que sejam reconhecidos como cidadãos.

Pena que Aroldo não teve tal sorte de ser acolhido nestes serviços e receber tratamento para seus transtornos mentais. Dizem, que ele vivia pelas ruas pedindo água, café amargo, pão e ovo. Mas como neste mundo tem gente de todo jeito, haviam pessoas maldosas que lhe ofertava pão com bastante pimenta. Pobre Aroldo! Sofreu muito nesta terra!

Mas algumas pessoas contam ainda que  costumam ir ao cemitério municipal para rezar por sua alma e pedir sua ajuda. Diferente daqueles que o maltrataram, dizem que costuma interceder pelos corações aflitos e que costumava visitar o Congá de Maria Conga.

Salve a estrela que ilumina!

Por





 

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