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Este
ano, a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) trouxe como tema
“Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira”. A escolha
dialoga diretamente com a valorização do patrimônio cultural, especialmente em
estados como Minas Gerais. Os idosos são guardiões de saberes tradicionais,
práticas religiosas, culinária típica e expressões artísticas que compõem o
patrimônio imaterial do país. Essa relação se torna ainda mais evidente pela
forte presença de tradições mantidas por pessoas idosas, verdadeiros pilares da
cultura local.
Minas
Gerais é um dos estados com maior número de bens tombados e manifestações
culturais reconhecidas. No Vale do Jequitinhonha, por exemplo, essa presença é
marcante nas festas populares, no artesanato e na oralidade que preserva a
memória das cidades históricas. Ao registrar quase dois mil inscritos com mais
de 60 anos no Enem 2025, o estado revela um fenômeno que envolve memória,
identidade e continuidade, reafirmando o papel ativo da terceira idade na
educação e na transmissão cultural. Muitos desses idosos vivem em comunidades
quilombolas e rurais, onde mantêm modos de vida ancestrais, como a agricultura
familiar, o uso de plantas medicinais e os rituais religiosos afro-brasileiros.
O
envelhecimento, portanto, não é apenas uma questão demográfica, mas carrega
dimensões culturais profundas. Os idosos são guardiões de memórias, histórias,
práticas e saberes que constituem o patrimônio imaterial brasileiro, como o
congado, a folia de reis, o artesanato em barro, fibras, couro e bordado, além
das receitas típicas da culinária mineira. O patrimônio cultural também se
constrói pela oralidade e pela memória coletiva, e os idosos são protagonistas
na manutenção da identidade cultural local, contando histórias, ensinando
ofícios e mantendo vivas as raízes de suas comunidades.
Assim,
a discussão proposta pelo Enem 2025 caiu no gosto e na boca do povo,
extrapolando as esferas políticas e sociais, ao chamar atenção para a
valorização do envelhecimento ativo e para a inserção dos idosos nos espaços de
formação e cidadania. Idoso(a) não é peça de museu cheirando à naftalina, é
cidadão ou cidadã que sente o gosto pela vida e saboreia noites e dias no afã
do bem viver!
Fonte - https://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticia/minas-gerais-avanca-na-protecao-e-valorizacao-das-pessoas-idosas
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