segunda-feira, 10 de novembro de 2025

MEMÓRIA CULTURAL - Envelhecimento e Patrimônio Cultural

Fotos - Internet

Este ano, a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) trouxe como tema “Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira”. A escolha dialoga diretamente com a valorização do patrimônio cultural, especialmente em estados como Minas Gerais. Os idosos são guardiões de saberes tradicionais, práticas religiosas, culinária típica e expressões artísticas que compõem o patrimônio imaterial do país. Essa relação se torna ainda mais evidente pela forte presença de tradições mantidas por pessoas idosas, verdadeiros pilares da cultura local.

Minas Gerais é um dos estados com maior número de bens tombados e manifestações culturais reconhecidas. No Vale do Jequitinhonha, por exemplo, essa presença é marcante nas festas populares, no artesanato e na oralidade que preserva a memória das cidades históricas. Ao registrar quase dois mil inscritos com mais de 60 anos no Enem 2025, o estado revela um fenômeno que envolve memória, identidade e continuidade, reafirmando o papel ativo da terceira idade na educação e na transmissão cultural. Muitos desses idosos vivem em comunidades quilombolas e rurais, onde mantêm modos de vida ancestrais, como a agricultura familiar, o uso de plantas medicinais e os rituais religiosos afro-brasileiros.

O envelhecimento, portanto, não é apenas uma questão demográfica, mas carrega dimensões culturais profundas. Os idosos são guardiões de memórias, histórias, práticas e saberes que constituem o patrimônio imaterial brasileiro, como o congado, a folia de reis, o artesanato em barro, fibras, couro e bordado, além das receitas típicas da culinária mineira. O patrimônio cultural também se constrói pela oralidade e pela memória coletiva, e os idosos são protagonistas na manutenção da identidade cultural local, contando histórias, ensinando ofícios e mantendo vivas as raízes de suas comunidades.

Assim, a discussão proposta pelo Enem 2025 caiu no gosto e na boca do povo, extrapolando as esferas políticas e sociais, ao chamar atenção para a valorização do envelhecimento ativo e para a inserção dos idosos nos espaços de formação e cidadania. Idoso(a) não é peça de museu cheirando à naftalina, é cidadão ou cidadã que sente o gosto pela vida e saboreia noites e dias no afã do bem viver!

 

Fonte - https://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticia/minas-gerais-avanca-na-protecao-e-valorizacao-das-pessoas-idosas


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