O Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais e a comunidade acadêmica da
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), está de luto. Lamentando profundamente
o falecimento da professora Maria das Dores Pimentel Nogueira, carinhosamente
conhecida como Marizinha. Sua partida deixa um vazio imensurável na educação
pública brasileira e na extensão universitária, áreas às quais dedicou sua vida
com paixão, competência e sensibilidade.
Graduada em Pedagogia pela UFMG, Especialista em Avaliação e Problemas
Regionais, pela Universidade Federal do Pará (UFPA), Mestra em Educação,
com foco em Políticas de Ensino Superior, pela Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG) e Doutora em Educação pelo programa de Pós-Graduação em
Educação: Conhecimento e Inclusão Social da UFMG, com o Doutorado Latino
Americano em Educação. Marizinha
construiu uma trajetória marcada pelo compromisso com a inclusão social, a
valorização dos saberes locais e a transformação das realidades regionais por
meio da educação. Ela foi uma das vozes mais atuantes na defesa da extensão
universitária como ferramenta de descolonização do pensamento e promoção da
diversidade cultural.
Durante sua carreira, ocupou cargos de destaque como Pró-Reitora Adjunta
de Extensão da UFMG, coordenadora do Programa Polo de Integração no Vale do
Jequitinhonha e da Superintendência de Interiorização da Secretaria de Estado
da Cultura de Minas Gerais. Sua atuação foi reconhecida com a Medalha JK,
concedida pelo governo de Minas Gerais em 2005.
Marizinha foi uma das idealizadoras do Polo de Integração do Vale do
Jequitinhonha, criada em 1996 e coordenado por ela desde sua criação, o Polo teve
e tem uma importância em diversas áreas da região, entre essas o Fórum da
Mulher, espaço de empoderamento das mulheres, Encontro de Comunicadores, responsável por
transformar a forma de se fazer comunicação, principalmente a comunicação comunitária
e a Feira de Artesanato do Vale do Jequitinhonha na UFMG, hoje uma das mais
importantes feiras de artesanato de Minas Gerais.
Mais do que títulos e funções, Marizinha foi uma educadora que
acreditava na potência transformadora da universidade quando ela se abre para o
povo. E nesse sentido ela não era apenas a acadêmica que pensava, ela estava no
campo dialogando como o povo e organizações, de modo especial o povo do Vale do
Jequitinhonha. Seu legado permanece vivo nas comunidades que tocou, nos
projetos que idealizou e nas vidas que inspirou.
Neste momento de dor, celebramos sua história com gratidão e reverência.
Que sua memória continue iluminando os caminhos da educação comprometida com a
justiça, a cultura e a dignidade humana.
Vá na luz minha amiga, meus sinceros agradecimentos por tudo que fez
pelo Vale do Jequitinhonha.
Por
Nenhum comentário:
Postar um comentário