sexta-feira, 19 de julho de 2024

CONHECENDO O JEQUI - " Toca dos Índios", patrimônio arqueológico de Itinga/MG

 



As grutas ou cavernas cravadas nas serras guardam inscrições rupestres impressionantes, talvez sejam milenares, das oito cavernas catalogadas a que  mais se destaca é a caverna de serra da limeira, ela é grandiosa em  profundidade e   altura,  as inscrições cobre todas as suas paredes.

Para a população de Itinga tais inscrições são heranças indígenas dos botocudos, por isso as cavernas são conhecidas popularmente como Toca dos Índios.

Não se pode afirmar que as inscrições são mesmo indígenas, tendo em vista que nem um estudo robusto foi realizado nas cavernas, porém para o povo de Itinga é um registro dos nossos antepassados os “bugres” palavra usada pelos mais velhos para se referirem aos índios botocudos.

um dos trabalhos acadêmicos sobre as grutas e do estudante, Kennedy Pêgo de Sá, em 2016, ele  apresentou o projeto de intervenção ao curso de tecnologia em gestão ambiental do instituto federal de minas gerai, campus Araçuaí/MG, com o tema “ Sítios arqueológicos com pinturas rupestres na área de abrangência do município de Itinga/MG: localização, ameaças e perspectivas de preservação”

 

                       Este trabalho tem como principal objetivo apresentar os sítios arqueológicos com pinturas rupestres existentes no Município de Itinga/MG e propor alternativas para se preservar este patrimônio. Dentre estas, uma Área de Preservação Ambiental (APA), com função de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, assim como, o patrimônio histórico-cultural em questão, tendo em vista a aplicação da lei de bens de valor histórico, cultural, arquitetônico e ambiental.(Sá.2016)

 

E o mesmo justifica essas propostas

 A arte rupestre é uma importante fonte de informações que nos relata sobre o tempo e os costumes de alguns grupos humanos que viviam na pré-história. Para alguns estudiosos, o avanço desse tipo de manifestação esteve diretamente ligado ao processo de descobrimento e dominação do fogo. O controle desse elemento natural permitiu o conforto, a segurança os recursos necessários para a evolução do homem pré-histórico.
 Aparentemente esse tipo de manifestação artística é retratada como uma intenção do homem em registrar as situações que integravam a sua rotina. Entretanto, algumas pesquisas mostram curiosamente que os locais onde eram feitas esses registros não eram próximos a de qualquer tipo de civilização. Assim sendo, pode-se deduzir que o homem pré-histórico escolhia bem os lugares, o tipo de material a ser utilizado, onde permaneceriam essas pinturas.

Esse estudo também revela aos moradores de Itinga MG e região a importância social, cultural e econômica de se preservar o patrimônio arqueológico local, estuda e decifra a procedência desses registros e leva ao conhecimento de todos a origem dos povos primitivos que viveram em nossa região no passado, onde foi feito pesquisas sobre a questão de inserção de sítios arqueológicos com pinturas rupestres na área de abrangência do município de Itinga/MG, faz a localização, detecta ameaças, e propõe perspectivas de preservação, como fator relevante para a aplicação do ecoturismo local, que promove uma participação social como mecanismo de obtenção econômica atrelada as normas de preservação ambiental.

 A escolha dos sítios arquelógicos na cidade de Itinga/MG, faz com que venha a atrair pesquisas científicas quanto a composição química das tintas utilizadas, os formatos das pinturas que venham a obter sobre a origem dos grupos pré-históricos que habitaram a Região do Vale do Jequitinhonha, vislumbrando para o entendimento das formações populacionais adjacentes e/ou inseridas em tal contexto.

 A viabilidade do projeto consiste no levantamento de informações através dos moradores locais, visitas técnicas com o auxílio da comunidade local e científica da equipe multidisciplinar disponibilizado pelo Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) Campus Araçuaí, com o fito de validar as áreas para a pesquisa, barrando assim o crescimento de exploração mineral nas imediações dos sítios arqueológicos.

Em seu estudo, juntamente com a equipe presente catalogadas por georeferenciamento 4 cavernas com inscrições rupestres.

Tais pinturas são formas gráficas de comunicação utilizadas pelos grupos que habitaram as imediações da cidade de Itinga/MG há séculos. Segundo o autor do livro “ Memórias de Itinga”, José Claudionor dos Santos Pinto

 

As tocas são conhecidas pela população como toca dos índios, tendo em vista que a mesma considera que as inscrições foram feitas pelos bugres  denominação usada para se referir aos índios Botocudos da região,mas tal comprovação não pode ser confirmada, porque não foi realizado nenhum estudo sobre as inscrições rupestres que se encontram nas grutas ( PINTO, 2019. p.193).

 

Neste estudo, estão sendo apresentadas a Toca dos Índios I e II que é a gruta mais conhecida pela população pela sua exuberância e fácil localização, também apresentaremos a Gruta do Sol I e II que foi batizada por nós integrantes do projeto pelas imagens ali grafadas similares ao sol. (Sá.2016)

 

A toca dos Indios, as mais conhecidas estão localizadas na Serra da Limeira, na comunidade rural de Campo Queimado, a Gruta I e II, estão localizadas na comunidade rural do Humaitá, porém temos outras cavernas com inscrições rupestres, na própria comunidade de Campo queimado, mas próximo a BR 367, na comunidade rural de pasmadinho, comunidade rural do Frade e também na comunidade rural da Água Fria Fabrica.

Na toca dos índios existem colméias de abelhas, que de certa forma, atuam como guardiãs naturais. A população considera as abelhas espíritos indígenas, no qual fazem a proteção das grutas, essas informações foram colhidas pelo  historiador e pesquisador José Claudionor dos Santos Pinto, mas conhecido como Jô Pinto.


 


 Com a certeza que a história ambiental, cultural e social da cidade de Itinga, ainda precisa ser estudada como mais aprofundamento, para uma melhor compreensão de nossa própria existência, as grutas com inscrições rupestres, é apenas um dos sinais deixados pelos nossos antepassados, muitos outros ainda se encontram dentro das próprias grutas e seus entornos, é preciso um trabalho minucioso de arqueologia para que se possa realmente entender todo conjunto sítios arqueológicos que compõe as grutas.

Porem é preciso que nós estudantes, futuros profissionais da área ambiental, população, ONGs e poderes públicos, pensem em ações que fato possam fazer uma preservação mínima deste legado deixado ao povo de Itinga e a humanidade”.

Kennedy Pêgo de Sá


Referencias

Livro "Memórias de Itinga" de Jô Pinto

Trabalho de Conclusão de Curso de Kennedy Sã

 

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quinta-feira, 18 de julho de 2024

DIÁRIO DE LEITURA - Lançamento do livro " O afilhado do poeta" de Jota Neris

 

 


Para a leitura desta semana, trago a mais recente obra do poeta João de Sousa Neris- Jota Neris, “O Afilhado do Poeta”.

Ele que nasceu no Mergulhão, município de Aracatu, sertão baiano, mora em Mata Verde-MG desde 1994. É professor, poeta, declamador, agente cultural, membro da Academia Conquistense de Letras (Vitória da Conquista/Ba), Academia de Letras de Teófilo Otoni/MG- ALTO. Membro fundador da Academia de Letras do Vale do Jequitinhonha -ALVA. Graduado em normal superior e letras, pós-graduado em gestão educacional.

Atualmente atua como professor e especialista da educação. É cordelista, lê e escreve poemas desde criança. Assim, com o seu jeito apaixonado de falar dos costumes e a linguagem do povo da roça, tem seus poemas e contos publicados em várias revistas e livros, CD, DVD e jornais brasileiros. Publicou cinco obras “independentes”: Sonho Matutino (Poemas e Causos, 1999); Alma Catinguera (Poemas e Causos, 2003); Dedo Lambuzado (Poemas e Causos - Livro/CD, 2005); 10 Contos dezencontros (Contos, 2014); Jota Neris Contando Causos (DVD, 2022). Tem participação em antologias e coletâneas, prefaciou e ajudou na organização de algumas obras, e está presente em mais de 25 obras literárias.

Falando das múltiplas facetas desse grande poeta e dos vários adjetivos existentes em cada trabalho publicado, finalizamos com uma linda frase escrita por ele: “Poetizar é desenlear os nós que estão atados dentro de nós” Jota Neris

 

Para adquirir essa e as demais obras, é só entrar em contato pelo (33) 9 88732205

                                                                                                Boa leitura!


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quinta-feira, 11 de julho de 2024

DIÁRIO DE LEITURA - Avesso da Pele

 

 

A dica de leitura para a semana é o livro "O Avesso da Pele", terceiro romance do escritor brasileiro Jeferson Tenório e vencedor do Prêmio Jabuti de 2021, é uma obra que transcende a temática do racismo para explorar afetos, ausências, relacionamentos, identidade, pertencimento e luto. A narrativa acompanha a trajetória de Pedro, que após a morte de seu pai, Henrique, tenta reconstituir a história de sua família. A maior parte do livro é escrita em segunda pessoa, o que dá a sensação de uma carta escrita de filho para pai, na tentativa de preencher a ausência paterna.

Pedro, no apartamento do pai falecido, encontra um ocutá, uma pedra sagrada que pertencia a Henrique. Este objeto simbólico serve como uma chave para Pedro recriar a história do pai, sugerindo que para entender plenamente uma vida, é necessário adentrar nela através dos vestígios deixados.

O romance enfrenta questões profundas da realidade brasileira, como a falência do sistema educacional público, a violência policial, as relações raciais e o racismo estrutural. No entanto, ele também aborda a complexidade das relações familiares e a ausência paterna, demonstrando como essas questões se entrelaçam com a vivência de pessoas negras no Brasil.

Duas relações amorosas de Henrique são destacadas no romance: com Juliana, sua segunda namorada, e com Martha, mãe de Pedro. O relacionamento com Juliana, que inicialmente pretendia transcender a questão racial, rapidamente é afetado pelo racismo, evidenciado pela curiosidade racista das amigas de Juliana e as "brincadeiras" dos tios dela. A relação termina quando Henrique não aceita mais passivamente essas atitudes.

Com Martha, a crença de que a cor da pele não seria um obstáculo é desafiada pelas diferentes abordagens que ambos têm sobre questões raciais e pelo ressentimento de Martha em relação ao movimento negro. A relação é marcada por tensões, ciúmes, controle e passividade, agravada pela depressão pós-parto de Martha e a decisão de Henrique de deixar a família antes do primeiro aniversário de Pedro.

A personagem Martha se destaca pela sua complexidade, representando as dificuldades enfrentadas por mulheres negras, muitas vezes ignoradas tanto pelas militâncias negras, dominadas por homens, quanto pelas feministas, majoritariamente brancas. Vozes femininas como as de Martha, Saharienne e Tia Luara apresentam ao leitor as múltiplas camadas de desafios que essas mulheres enfrentam, incluindo o preterimento afetivo.

  Apesar das vidas serem atravessadas pela cor da pele, é crucial preservar os afetos que nos mantêm vivos. Existe um lugar dentro de cada um, isolado e único, onde residem esses afetos, proporcionando resistência e vida diante das adversidades impostas pelo racismo.

"O Avesso da Pele" é uma obra profunda e comovente que oferece uma visão introspectiva sobre as complexidades das relações humanas e as realidades enfrentadas por pessoas negras no Brasil.

Boa leitura!


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sexta-feira, 5 de julho de 2024

CONHECENDO O JEQUI - Museu a Céu Aberto de Caraí-MG

 

Imagens da internet

Museus a céu aberto são um portal para vislumbrar a essência do que existe em volta e a abordagem íntima do artista com o ambiente”
 Ucelli, 2016

 

Registrar a história cotidiana da humanidade, sempre foi uma preocupação do homem, isso acontece desde os primórdios, uma dessas características são as inscrições rupestres, encontradas principalmente em cavernas de todo planeta.

Outras civilizações deixaram sua história registrada em esculturas, monumentos, pinturas, gravuras e outras formas de expressões.

Os museus tradicionais e os decoloniais, são espaços que ajudam a contar e visualizar essa trajetória humana, nos seus mais diversos aspectos socioculturais, ambientais e naturais.

Nos tempos atuais temos uma nova forma de contar e interagir com essa nossa historia, que são justamente através dos museus a céu aberto ou ao ar livre.

 

Atualmente, há muitos museus e parques de esculturas ao ar livre no mundo, cada qual com sua característica museal específica mas que congregam basicamente a mesma proposta: a integração e sinergia entre a natureza e o estado da arte, além do estímulo da relação entre o homem e o espaço, levando em conta o respeito ao meio ambiente e a riqueza paisagística do lugar.

 

Um dos mais famosos museus a céu aberto do Estado de Minas Gerais é do de Inhotim, no município de Brumadinho.

E o Vale do Jequitinhonha também tem seu museu a Céu Aberto, fica no município de Caraí, no médio Vale do Jequitinhonha. O museu foi uma iniciativa da Prefeitura Municipal, no qual construiu esculturas ao longo da entrada da cidade. São réplicas ampliadas obras de nossos artesãos, bem como costumes dos nossos antepassados, homenagens a profissões e pessoas. A arte é manifestação mais evidente de um povo diante de suas riquezas culturais. Retratar através de obras os costumes, as profissões, os artistas e suas invenções.

O Museu a céu aberto no município de Caraí/MG é uma forma de homenagear e preservar a cultura local, através destas obras de arte, onde as populações locais e visitantes conseguem interagir, admirar, valorizar e preservar sua própria identidade.

 

Referências

 

www.museufelicialeirner.org.br

www.carai.mg.gov.br



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quinta-feira, 4 de julho de 2024

DIÁRIO DE LEITURA-TREM DE MINAS DE JÔ PINTO

 



A leitura desta semana fica por conta doescritor,poeta, professor e mestre Jô Pinto, com o livro "Trem de Minas", lançado no dia 11 de maio de 2024 em Itinga, Minas Gerais.

Em 2019, Jô Pinto decidiu que escreveria algo sobre o Estado Mineiro, entendendo que 2020 seria um ano comemorativo pelos 300 anos da criação do Estado. No entanto, o destino quis que viesse uma pandemia (COVID-19), e o estado psicológico do autor não permitiu que colocasse sua ideia em prática. Mas, em 2021, ele começou a realizar pesquisas e decidiu escrever este livro para homenagear as 853 cidades de Minas Gerais. Nas histórias contadas, há uma preocupação com a memória e preservação dos bens materiais e imateriais, destacando a rica cultura e patrimônio do Estado. Na sua escrita o autor teve a necessidade de alertar sobre alguns contextos escritos, sentido que:

(...) algumas pessoas e passagens são reais, outras meramente imaginação deste mineiro do Vale do Jequitinhonha, que sempre sonhou conhecer todas as cidades de Minas, mas que infelizmente ainda não foi possível.PINTO, J. C. S (2023,p. 16).

 

Na viagem de Trem que começou na cozinha da cidade de Araguari, com paradas para breves visitas, uma dose de cachaça, boa música e bons causos. Os mineiros, apreciadores de um cafezinho fresco, embalaram-se no trajeto. Com a ressaca de diversos sotaques, saberes e sabores deste Estado, adentrou-se na terra das Águas Brancas, sentiu-se o cheiro da relva que margeia o rio Jequitinhonha, deixando a brisa bater em seu rosto. E, finalmente, lá estava ele, de volta à sua querida Itinga-MG.

Agora é a sua vez de pegar o trem e fazer uma boa leitura!

Jô Pinto, maquinista nesta viagem...                        

 

 

 Contato para adquirir o livro:

Instagram: @itingajo

Whatsaap: (33)98818-2864


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quarta-feira, 3 de julho de 2024

OPINIÃO DO BLOG - Acessibilidade Cultural

 


Quando pensamos em acessibilidade nos vem à cabeça, as mobilizações urbanas como: placas de sinalizações, rampas, corrimões entre outros. Raramente pensamos nas acessibilidades de produtos, bens, serviços e informações de modo especial os relacionados à acessibilidade cultural.

Neste sentido uma das grandes inovações da Lei Complementar nº 195/2022 - Lei Paulo Gustavo, é justamente as medidas que visam promover a acessibilidade aos bens e serviços culturais contemplados pela lei


Os projetos devem contar com medidas de acessibilidade física, atitudinal e comunicacional compatíveis com as características dos produtos resultantes do objeto, nos termos do disposto na Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência).


A Lei Paulo Gustavo viabiliza investimento direto no setor cultural  e simboliza o processo de resistência da classe artística durante a pandemia de Covid-19, que limitou severamente as atividades do setor cultural. É, ainda, uma homenagem a Paulo Gustavo, artista símbolo da categoria, vitimado pela doença.

Nesse sentido a Lei Paulo Gustavo no município de Itinga, alem de produções belíssimas, os bens e serviços de acessibilidade se tornaram reais e a disposição para que essas pessoas possam de fato acessar esses serviços de forma democrática.

Entre esses bens e serviços tivemos vídeos legendados e com leitura em libras, publicação de livro em braile, além das acessibilidades como: rampas, placas de informações, entre outros.

A publicação do livro em braile foi uma grande novidade, tendo em vista que o livro  “O Tilintar da Poesia – Antologia Poética de Itinga” foi o primeiro livro de autores do município de Itinga, no formato em braile e até onde este colunista conhece é também a primeira publicação de livro em braile na região do Vale do Jequitinhonha.

A satisfação é enorme em produzir uma obra literária que pode de fato ser acessada por todos, esses avanços nos mostra que estamos no caminho certo para que a democratização a acessibilidade aconteça de fato e permanente.

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terça-feira, 2 de julho de 2024

O ASSUNTO É? Jequiticanta

 


O Espetáculo  “ Jequiticanta”, do Grupo Teatral Vozes de Araçuaí/MG, estreou no inicio da década de 1990 e foi um sucesso, não somente no Vale do Jequitinhonha, mas também em Minas, no Brasil e em países da America do Sul. Foi um sucesso de criticas e premiações, um dos mais importantes espetáculos de teatro encenado por grupos de teatro do Vale do Jequitinhonha.

 

O grupo Teatral Vozes, foi fundado em 1984, primeiro espetáculo “ O Pastelão e a Torta” – 1984, depois da estréia encenou mais de 20 espetáculos, sendo o ultimo “ O Homem da Vaca é o Poder da Fortuna” de Ariano Suassuna ( 2005)

 

JEQUITICANTA

 

Ficha Técnica

 

Texto e Direção – Carlos Delgado

Preparação Vocal: - Leonardo Augusto

Figurinos – Carlos Delgado e Dostoiewsky do Brasil

Assessoria para figurinos – Enedina Silva

Confecção de figurinos – Carlota Carmona

Cenário – Carlos Delgado

Cenotécnico – José Napoleão Lamego

Produção executiva – José Pereira

Fotos do programa – Lôdonio Figueiredo

Produção geral – Grupo Teatral Vozes

 

Elenco

Cecilía Campos

Diêgo Alves

Dostoiewsky do Brasil

João Moraes

José Pereira do Santos

Lucas Ferreira

Suzana Pereira

 

 

 

O ESPETÁCULO

 

Ο espetáculo cênico-musical "Jequiticanta" nasceu no Vale do Jequitinhonha, região nordeste de Minas Gerais, cuja gente simples, provando que "mineiro sabe guardar, cultiva suas festas tradicionais, costumes, lendas e o artesanato, que são seu modo de expressão e resistência, sedimentados, em anos e anos de adversidade, numa das regiões mais carentes do mundo (segundo a UNESCO). formando essa trincheira do "saber popular

 

Os folguedos folclóricos, cantigas, linguagem popular, danças folclóricas, festas tradicionais e a literatura oral com seus mitos, provérbios, facécias, réplicas, literatura de cordel. adivinhas e a poesia popular são base desta encenação que retrata o cotidiano das pessoas simples do interior às voltas com a aspereza climática do sertão mineiro, que molda muitos personagens as rezadeiras, os doidos, os sonhadores e os fanáticos que, como todos os sertanejos, buscam uma solução para a miséria crónica do Vale do Jequitinhonha.

 

E dentro desta paisagem que pedimos passagem para contar e cantar a história dos cantadores, contadores, poetas, artesãos, lavadeiras e, mais que tudo isso, o Vozes defende a cidadania, porque como um bom mineiro "dá um boi para não entrar numa briga e uma botada para não sair", e o nosso estandarte é a vida, pois, liberdade é o outro nome de Minas".

 

( Texto retirado do encarte do Espetáculo )

 

 

Premiações do espetáculo Jequiticanta

 

Medalha de Honra ao Mérito da Ordem de Santos Dumont, Grau Prata do Governo do Estado de Minas Gerais

 

XIV Festiminas em Berim/Minas Gerais - 1994

·       Melhor Espetáculo de Teatro de Rua

 

V Festival de Inverno da Bahia em Vitória da Conquista Bahia-1994

·       Melhor Ator

·       Melhor Ator Coadjuvante

 

XXII Festival Nacional de Teatro de Ponta Grossa,No Paraná 1994

·       Melhor Direção Musical

·       Melhor Trabalho de Pesquisa Teatral

 

VI Minas Mostra Teatro de Ipatinga, em Minas Gerais 1994

·       Melhor Espetáculo de Teatro de Rua

 

X Festival de Teatro de Pelotas, no Rio Grande do Sul – 1994

·       Melhor Espetáculo de Teatro de Rua

·       Troféu Teatro Sete de Abril

 

Moção de Congratulações da Câmara Municipal de Araguai - 1994

 

III Festival Nacional de Teatro Isnard Azevedo, em Florianópolis/ Santa Catarina - 1996

·       Melhor Espetáculo da Mostra Paralela (Teatro de Rua)

 

I Festival Nacional de Teatro de Jacareí- em São Paulo-1996

·       Prémio Especial do Jüri pela Pesquisa em Linguagem Popular

 

I Mercosul de Teatro e VIII Festival Nacional de Francisco Beltrão.

no Paraná 1996

·       Melhor Espetáculo de Teatro de Rua

 

 

I Festival Internacional de Teatro dos Países do Mercosul em Cândido Rondon, no Paraná -1997

·       Melhor Espetáculo

·       Melhor Direção

·       Melhor Ator

·       Melhor Figurino

·       Prêmio Especial do Júri pela Pesquisa Popular

 

Festival Nacional de Teatro de Guarulhos, em São Paulo -1997

·       Melhor Direção

·       Melhor Espetáculo de Teatro de Rua

·       Melhor Sonoplastia

·       Melhor Música Original

 

Festival Nacional de Teatro de Lages, em Santa Catarina - 1998

·       Melhor Direção

·       Melhor Figurino

·       Segundo Melhor Espetáculo

·       Melhor Direção Musical

 

XXIII FESTE - Festival Nacional de Pindamonhangaba, em São Paulo-1998

·       Melhor Espetáculo de Teatro de Rua

·       Melhor Direção

·       Melhor Direção Musical

·       Melhor Conjunto de Atores

 

XVI FESTIVALE - Festival Internacional de Teatro do Mercosul, em São José dos Campos/São Paulo - 1999

Melhor Espetáculo de Teatro de Rua

II Encontro de Teatro Callejero y Circo, em Bogotá/Colombia 1999

·       Troféu Participação

XX Festival Nacional de Teatro de São José do Rio Preto/SP 2000.

·       Melhor Direção Musical, Categoria Teatro de Rua

·       Melhor Maquiagem, Categoria Teatro de Rua

·       Melhor Conjunto de Atores, Categoria Teatro de Rua


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MEMÓRIA CULTURAL - UM CASO DE AMOR NA ROTA BAHIA-MINAS

  Imagem: Internet   Seu maquinista! Diga lá, O que é que tem nesse lugar (...) Todo mundo é passageiro, Bota fogo seu foguista ...