Após
a ação de terrorismo do 11 de Setembro de 2001, o mundo inteiro começou
a sentir pavor e medo dos
integrantes da Al Qaeda e dos Talibãs, grupos
que seguem e interpretam os princípios islâmicos de maneira fanática.
Ora,
deve estar indagando:
___Que
louca, que tem haver com isto? Afinal moro no Vale do Jequitinhonha, cafundó,
rincão de lonjura, isso não tem sentido.
O
sentindo disso tudo começa a partir dos
acontecimentos e as consequências de tamanha insanidade; pensem que nos últimos
tempos na região do Vale do
Jequitinhonha há uma avalanche de
igrejas que existem títulos surreais, mas deixemos tais comentários e reflitam que temos
incutido em nossa cultura, heranças múltiplas, deixadas por
índios, colonizadores e
invasores, somos naturalmente um país de
diversidades, o qual na região há manifestações que ao longo do tempo
incorporou-se o jeito de ser de um povo
com outros grupos que aqui relacionou-se com muita criatividade.
O exemplo disso tudo é o forró, batuque,
candomblé, festa do Rosário, Divino, candomblé e inúmeras outras.
Atualmente
com a explosão e advento das mídias e tecnologias ainda assistimos crescentes ondas de intolerâncias e muito ódio.
Se pegarmos
o alcorão em seu fundamento é possível
entender os ensinamentos a partir de Moisés , que por sua vez
concebeu a origem do cristianismo ou
judaísmo, assim como a Biblia livro
intitulado aos cristãos.
Por
esta razão estou mencionando tais escrituras, porque a partir daí surgem pessoas, formam grupos que por sua vez
deturpam as escrituras sagradas, levam
ao convencimento ou
imposição com a falsa ilusão de alcançar
este ou aquele paraíso, enfim, tudo em nome de “DEUS”.
Recentemente pode-se constatar nas manifestações de semana
santa, a ausência de reconhecimento e conhecimento deste momento para a igreja católica,
atitudes simples como a recusa de
pessoas em utilizar vestes escuras na Paixão de Cristo , ora vejam a
encenação que surgiu no país pelo jesuíta José de Anchieta, para a
catequese. Tudo isso assemelha-se aos
demais ritos cristãos, mas em nomes de confusões e distorções surgem extremistas e fanáticos que não se
importam com os fundamentos de essência
da religião, extrapolam princípios e criam razões a serem levadas a conseqüências trágicas, em que inocentes morrem; vidas
ceifadas por atrocidades e com isso estão colocando a humanidade em
risco, pois já começam a destruir
templos, igrejas , monumentos, cristãos
são perseguidos, jovens são obrigados a servir exércitos, a matarem seus pais,
a si matarem se preciso for.
Chegando
mais perto de nós e retomando ao assunto acima mencionado sobre igrejas no Vale
do Jequitinhonha, há jovens induzidos a práticas e atitudes suspeitas, como alimentar-se de uma fantasia que está sendo protegido e para esta
proteção precisa dar tudo o que possui de valor, destruir altares de suas
residências , algo desrespeitoso com os mais velhos. Tratam por aberração e
abominam as manifestações culturais milenares, a ponto de serem capazes de irem
ao extremo se o líder pedir a isso, em nome de libertação espiritual,
esquecem e exterminam suas raízes, suas
histórias , suas origens, mas fico me
perguntando frente a tudo isso: como explicar a sua negritude? A povoação do
país? E a cultura brasileira?
Não
condeno nenhum grupo, pois conheço pessoas de alas opostas a minha religião e totalmente
respeitosas às práticas dos grupos de manifestações culturais e religiosas,
questiono aqueles que disseminam ódio, intolerância e dominação sobre o mais fraco,
transformando-o em soldado bomba, capaz de explodir em nome de DEUS e ao mesmo
tempo faço-lhes um apelo:
___Salve
seus espíritos como quiserem, mas não apaguem nossas memórias, nossas riquezas
e heranças culturais, elas são as provas e testemunham nossa existência, a
humanidade precisa de gente sã, que descubram remédios para
salvar vidas, mas não inventem bombas,
nem artifícios para extermínio .
Sirvam
a quem quiser, mas respeitem e deixem nossos santos, nossos terreiros, nosso
tambor em paz e harmonia.
VIVA O VALE!
Por