quinta-feira, 24 de setembro de 2020

NARRATIVAS DO FESTIVALE - Por Nelcira Aparecida Durães

 

O Festivale em minha vida


Nelcira Aparecida Durães

Artista de Teatro, contadora de histórias, professora da Unimontes.

Mestre em Artes Cênicas.

Na FECAJE foi Diretora Administrativa, Conselheira Deliberativa e a segunda mulher a ocupar o cargo de Diretora Executiva da instituição.

 


Conheci o Festivale em 1992, quando foi realizado em minha cidade, Bocaiuva.

Mas no ano anterior já vinha participando dos encontros de cultura, que eram realizados entre um Festivale e outro. Os encontros eram momentos de troca e compartilhamento de experiências, onde conheci pessoas de muitas cidades do Vale. Neles se aprendia muito de produção cultural, de construção coletiva.

Já o Festivale, ahhh, a catarse!

Era com ele que eu e várias pessoas da minha cidade, sonhávamos ao longo do ano. Julho era o mês mais esperado. Íamos em caravana. As vezes em van ou ônibus velho da prefeitura, outras fazíamos rifas, feijoadas, para poder pagar o transporte. Não ir ao Festivale era uma hipótese que não levantávamos.

Foram mais de 13 anos, regularmente, de aprendizados, trocas, alegrias, amores, amizade, abraços, rodas, arte; encontros potentes. Alguns perseveram até hoje. Outros ficaram guardados afetivamente na memória. Mas certamente todos me compõem. Fazem parte do eu sou hoje.

A vida nos leva a outros caminhos. O senhor tempo segue veloz. O movimento se renova, alguns vão, outros vem. Mas certamente, quem passou por ele, jamais esquecerá.

Um comentário:

  1. É isto aí, o Festivale vai rodando o Jequitinhonha, deixando um rastro de cultura, vivências, lembranças... Fica sempre o sentimento de uma identidade comum a todas as comunidades do vale... E uma grande vontade de mudar as coisas, valorizar a arte da região e trabalhar prá melhorar a vida das pessoas. O Festivale só deixa coisa boa por onde passa!!!

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