No Vale do Jequitinhonha o rapé é preparado
artesanalmente, através da folha de fumo trabalhado em fumo de rolo, cortado
bem fininho, torrado e socado em peça de almofariz, bem fininho e em
seguida colocado em um recipiente
próprio, antigamente existia um recipiente feito de pedaço de chifre de animal com tampa de
couro ou de madeira, popularmente conhecido como “cornicha”, cuja pronúncia
correta seria “cornija”; também tem outras formas de incrementar o produto, acrescentando para socar junto ao fumo, folhas ou frutos
medicinais como: alfavaca, imburana, manjericão ou até mesmo naftalina.
O rapé possui cheiro característico,
que, ao ser inalado, produz sensação de prazer, além de provocar espirros.
. Segundo alguns pesquisadores e historiadores, no Egito o
rapé já era conhecido, pois fora
encontrado pimenta do reino na narinas e abdômen de Ramsés II. Em outros
estudos em múmias , encontrou-se: mirra, canela e olíbano (espécie de resina
aromática, obtida de árvores africanas e asiáticas do gênero Boswellia, muito
usada na perfumaria e fabricação de incenso), segundo Manniche no seu livro
“Egytain Herbal”.
O rapé é
encontrado para vender em tabacarias , em latinhas, porém proibida para menores
de 18 anos. Seu uso além de servir como
alternativa na medicina como rinite ou
outras enfermidades, os índios utilizam para sua espiritualidade, assim como
outros grupos religiosos que fazem uso para rituais , enfim, antigamente consumido
pelos nobres europeus e usado, inicialmente, como forma de aliviar a enxaqueca,
o rapé era uma espécie de artigo de luxo quase sempre guardado em caixinhas
exclusivíssimas. Nos elegantes salões onde circulava gente de sangue azul, elas
eram conhecidas como snuffboxes. Hoje, algumas são objetos de museus. No
Metropolitan de Nova York, por exemplo, em meio a tantas obras de arte, estão
caixas de ouro e cravejadas de diamantes e rubis.
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