CATOPÊS
Terno de Catopês Nossa Senhora do Rosário/Bocaiuva/MG - Foto: Internet |
Palavra
de origem africana possui a figura do mestre e do contramestre que guia todo o
grupo, alguns com seus instrumentos como: pandeiro, tambores, reco-reco e também aqueles que repercutem conjuntamente
com os tocares os versos que entoam em
cortejo pelas ruas.
Os
catopés são reconhecidamente a partir do século XVIII, através de suas
irmandades por determinação da igreja da época, pois anteriormente tal
manifestação era considerada proibida, tendo os negros que celebrarem clandestinamente, pois foram os negros
que vieram para o Brasil em situação de escravos, que trouxeram suas crenças e tradições de cultuar seus
deuses e reverenciar–se ao seus reis, como ‘Chico Rei”, escravo em Ouro preto,
mas que era príncipe em sua tribo
africana e por isso celebravam seus rituais de origem, para não perderem sua
memória do lugar de onde vieram.
Na
ausência de seus reis, colocavam alguém para representar e realizar a
cerimônia, e, para relacionar-se com a Igreja Católica, passaram a cultuar
Nossa Senhora do Rosário e São Benedito.
TERNO
DE CATOPÊS DE BOCAIÚVA
O
terno de Catopês de Nossa Senhora do Rosário na cidade de Bocaiúva, tem sua
origem a devoção a Nossa Senhora do Rosário.
Suas
vestes são: calça branca, camisa de
manga comprida, na cabeça trazem capacetes cheios de adereços de miçangas e espelhos e muitas fitas largas
de cetim com cores variadas.
O
Grupo teve por longos anos o seu mestre consagrado, o Senhor João do Lino Mar,
apelidado de “João Bisôro”.
Ele
durante toda sua existência buscou incentivar seu companheiros e lutou incessantemente
pela preservação desta manifestação de cultura popular. Faleceu em outubro de
2.004 aos 76 anos e para fazer jus a sua devoção, morreu justamente após
comandar o grupo na festa tradicional de Bocaiúva- “Festa do Divino Espírito
Santo”.
O
grupo segue a tradição através de sua filha Lucélia, que aprendeu o ofício e
não temeu a missão que coube a ela perpetuar, enquanto vida tiver os ancestrais
a guiará com muita força e luz na devoção.
Por: Ângela Gomes Freire - Professora, Turismóloga e Produtora Cultural
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