sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Morre um Pedaço da Arte do Vale do Jequitinhonha - Dona Isabel

Dona Isabel e suas bonecas. foto: Internet
                  A cidade de Itinga, o Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais, Brasil e Varias países e pessoas mundo a fora estão de luto pela morte de Dona Isabel, uma Artesã da argila que se tornou  mestra na arte de fazer  Bonecas de Barro, mas a mesma produzia outras peças, ela nos deixa ao 90 anos, deixando sua marca no mundo através de sua arte
                 Ela Nasceu na Comunidade de Córrego Novo, no município de Itinga-MG em 03 de Agosto de 1924, depois muda-se coma família para o distrito de Santa Santana do Araçuaí, pertencente a Itinga/MG, com a emancipação de  Pontos dos Volantes, Santana se torna Distrito do Mesmo, ele residiu nesse até os dias atuais.
                Dona Isabel elevou o nome do pequeno distrito e da cidade Ponto dos Volantes no cenário mundial através de sua arte. Sua arte foi apreciada é reconhecida, por instituições e pessoas ao redor do mundo, trazendo notoriedade e respeito ao artesanato do feito no Jequitinhonha,
              Ela foi reverenciada e recebeu varias homenagens, como a feita em 2003 pelo estilista Ronaldo Fraga que o homenageou a ceramista em São Paulo, no Fashion Week, recebeu também o prêmio da Unesco de Artesanato para a América Latina, em 2004, recebeu a Ordem do Mérito Cultural, concedida pelo Ministério da Cultura em 2005, Prêmio Culturas Populares do Ministério da Cultura em 2009 e em 2011 a FECAJE, Federação das Entidades Culturais e Artísticas do Vale do Jequitinhonha, homenageia do Isabel, colocando seu nome na feira de artesanato do 29º FESTIVALE, ocorrido na cidade de Jequitinhonha. Ela também foi homenageada pela presidente Dilma Rousseff durante a abertura da exposição Mulheres artistas e brasileiras, no Palácio do Planalto, em Brasília.

Morre se a mulher, fica seu legado de humildade, caráter e arte para todos aqueles admiradores ou não da cultura popular

Por: Jô Pinto, Professor, Historiador e produtor Cultural



sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Memória Cultural - Catopês

CATOPÊS

Terno de Catopês Nossa Senhora do Rosário/Bocaiuva/MG - Foto: Internet
Palavra de origem africana possui a figura do mestre e do contramestre que guia todo o grupo, alguns com seus instrumentos como: pandeiro, tambores, reco-reco  e também aqueles que repercutem conjuntamente com os tocares os versos  que entoam em cortejo pelas ruas.
Os catopés são reconhecidamente a partir do século XVIII, através de suas irmandades por determinação da igreja da época, pois anteriormente tal manifestação era considerada proibida, tendo os negros que celebrarem  clandestinamente, pois foram  os negros  que vieram para o Brasil em situação de escravos, que trouxeram  suas crenças e tradições de cultuar seus deuses e reverenciar–se ao seus reis, como ‘Chico Rei”, escravo em Ouro preto, mas que era  príncipe em sua tribo africana e por isso celebravam seus rituais de origem, para não perderem sua memória do lugar de onde vieram.
Na ausência de seus reis, colocavam alguém para representar e realizar a cerimônia, e, para relacionar-se com a Igreja Católica, passaram a cultuar Nossa Senhora do Rosário e São Benedito.



TERNO DE CATOPÊS  DE BOCAIÚVA

O terno de Catopês de Nossa Senhora do Rosário na cidade de Bocaiúva, tem sua origem a devoção a Nossa Senhora do Rosário. 
Suas vestes  são: calça branca, camisa de manga comprida, na cabeça trazem capacetes cheios de adereços  de miçangas e espelhos e muitas fitas largas de cetim com cores variadas.
O Grupo teve por longos anos o seu mestre consagrado, o Senhor João do Lino Mar, apelidado de “João Bisôro”.
Ele durante toda sua existência buscou incentivar seu companheiros e lutou incessantemente pela preservação desta manifestação de cultura popular. Faleceu em outubro de 2.004 aos 76 anos e para fazer jus a sua devoção, morreu justamente após comandar o grupo na festa tradicional de Bocaiúva- “Festa do Divino Espírito Santo”.
O grupo segue a tradição através de sua filha Lucélia, que aprendeu o ofício e não temeu a missão que coube a ela perpetuar, enquanto vida tiver os ancestrais a guiará com muita força e luz na devoção.



 Por: Ângela Gomes Freire - Professora, Turismóloga e Produtora Cultural

MEMÓRIA CULTURAL - UM CASO DE AMOR NA ROTA BAHIA-MINAS

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