segunda-feira, 8 de maio de 2023

MEMÓRIA CULTURAL - Povos Indígenas ou dia do Índio?



Anualmente no mês de Abril, costumamos a ver projetos com suas atividades voltadas para homenagem ao dia dos povos indígenas, alguns profissionais nem sabem da alteração do dia 19 de abril, não é mais “dia do Índio, mas através da Lei 14.402/22 agora é “dia dos Povos Indígenas”. A justificativa desta lei tem o propósito é reconhecer o direito dos povos, mantendo e fortalecendo suas identidades, línguas e religiões, assumindo tanto o controle de suas próprias instituições e formas de vida quanto de seu desenvolvimento econômico.

           Assim é possível ouvir Maria Luiza Moreira ou simplesmente Luiza Aranã,  mulher que honra sua etnia, falando sobre seu povo e suas transformações ao longo de sua experiência, numa linguagem simples e real. Pois, desde os anos de1990, sua família  se autodeclarou  pertencente ao povo originário, da região do Vale do Jequitinhonha. Ela é cabelereira e artesã de produtos indígenas; cursou seus primeiros estudos na zona rural; teve de interromper os estudos para trabalhar; depois de certo tempo, ingressou-se no EJA, momento que pode concluir o segundo grau, junto ao seu marido. Isto reforça o movimento que o cidadão, pertencente de povo originário precisa trilhar para não ser vítima da exclusão social, econômica  e política.

 O povo da etnia indígena Aranã, que já foi considerado extinto, atualmente  se encontram dispersos em áreas rurais e urbanas de Minas Gerais e São Paulo.

 Diante destas fontes vivas, é preciso orientar nas escolas desde cedo que a figura estilizada do índio é irreal; trazer para dentro das escolas palavras como  “desadeados”, ao invés de reforçar a ideia que todo índio vive da lavoura de subsistência, se nem terra ele tem mais.

           O trabalho com grafísmo indígena, talvez seja importantes alternativas para substituir a forma agressiva de se tratar a figura indígena, bem como a mostra de artesanato, filmes e fotografias. São recursos que atestam a realidade em que vivem atualmente, com dignidade.

Por



 

 

 

 

 

 

 

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