segunda-feira, 15 de julho de 2019

MEMÓRIA CULTURAL / FESTIVALE - da nascente a Foz do Rio Jequitinhonha


A edição do FESTIVALE deste ano será diferenciada, o evento maior do Vale do Jequitinhonha deixará Minas e fará pouso na Bahia, porem é necessário entender a trajetória deste percurso.
O FESTIVALE tem sua origem na cidade de Itaobim em 1980, no Médio Jequi, porem o FESTIVALE só foi conhecer o grande responsável pela sua existência somente na 8ª edição, ou seja, na cidade do Serro, no Alto Jequi, cidade onde nasce ainda tímido aquele que é responsável pela vida pulsante desta região em todos os aspectos: Sociais, Políticos, Ambientais e Culturais, estamos falando do nosso rio grande, nosso “Jequitinhonha”.
Aquela edição do FESTIVALE foi muito especial, nesta se começou a realizar as oficinas de formação diversas no evento, dando uma nova roupagem e assim o FESTIVALE percorreu o vale do Jequitinhonha em sua porção mineira, tornando o plural e diverso, mas o FESTIVALE queria conhecer a foz de seu rio, saber para onde o rio levava toda nossa existência.
O FESTIVALE sempre quis conhecer o seu lado baiano, para poder celebrar o encontro do rio com o mar envoltos de sua cultura popular, várias foram às tentativas, mas os mais variados motivos sempre adiaram esse encontro, mas por fim, 32 anos após conhecer nascente do Rio Jequitinhonha, o FESTIVALE finalmente chega à cidade baiana de Belmonte para conhecer sua foz, expectativas são muitas e nos vem à pergunta como será o FESTIVALE no Vale do Jequitinhonha baiano? Acredito que sem muitas diferenças do ponto de vista do FESTIVALE, já que nosso FESTIVALE é uma celebração, nosso fazer cultural, do reencontro com amigos, do fazer novos amigos, da conversa no boteco, regada com uma boa cachaça, do batuque e da roda, do beijar e abraçar, do choro e alegria, da emocionar com canção dedilhada na viola de um trovador, da poesia acalanta a alma declamada por um dos inúmeros poetas nas ruas e ruelas, das brincadeiras de crianças, do muro pintado, do teatro na rua, das oficinas que ensinam e cortejam a cidade, da arte expressada no artesanato, da cultura popular com suas cores em Bois, Folias, Marujadas, Congadas, pastorinhas, tambozeiros e reisados, dos comprimentos de um ano de espera e despedidas sofridas para esperar mais um ano para o próximo encontro e tudo isso é bonito de se ver, de sentir em qualquer lugar, seja em terra Mineiras ou Baianas.
Mas tenho absoluta certeza que este ano terá um gostinho especial com uma pitadinha de sal na águas doce do Jequi chegando ao mar, aonde todos nós iremos mas uma vez Festejar o nosso patrimônio cultural maior, Nosso FESTIVALE, nessa cidade que recebe toda história do Jequitinhonha e a conduz ao mar.
Belmonte, abra suas portas, pois já estamos a chegar, nós do vale mineiro queremos encontrar vocês do vale baiano, afinal de contas essa ano o tema é “Dos Vales ao mar” que rima com abraçar e que terá a bênção de todos os Santos e dos orixás.
Vale, Vida, Verde, Versos e Viola

Nos vemos por lá

Jô Pinto





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