segunda-feira, 30 de março de 2015

MEMÓRIA CULTURAL - A MEDIDA DO PRATO

Caixas de medida - foto: Internet
Antigamente ninguém conhecia outro tipo de medida, a não ser por meio do prato. Na verdade era os produtos a serem vendido a granel como arroz, feijão, farinha, açúcar, sal, café, quando o freguês solicitava era assim: __Me dá um prato de tal coisa?
E logo chegava através de uma peça de madeira de dimensões semelhante a um paralelepípedo, depois virou uma lata de banha, redonda; e enchia no saco da mercadoria solicitada; alguns feirantes gostavam de passar a mão  para ficar certinha, mas há quem diga que isso era  o comerciante pão duro, pois havia aqueles que  não tinha dó de deixar cair pelas bordas e despejar no embornal ou alforje do freguês.
Dizem o povo mais velho, que um vereador de Araçuaí foi a Teófilo Otoni viajando de Bahia Minas e quando retornou entusiasmado com a d que vira por lá, simplesmente porque na feira de lá a venda era por quilo. Encantado com aquilo, não tardou muito  lançou na câmara um projeto de lei, sendo imediatamente aprovada e sancionada pelo prefeito da época. No sábado que começou a vigorar a lei foi um alvoroço na feira, rendeu muita fofoca, descontentamento, mas ao mesmo tempo o vereador foi considerado um inovador, mas nunca mais conseguiu se eleger novamente. Fato que  apesar  da inovação da lei, anos depois  reapareceu a forma do prato, e até hoje ainda persiste, não com a mesma proporção.
Importante isso é perceber que uma atitude como esta interrompe o ritmo de uma cidade, apesar de bem intencionados, porém interrompeu o modo de ser e vender de um povo com a idéia do pensamento de ganhos e perdas.

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Um comentário:

  1. Obrigado. Gostei. Estava precisando destas explicações para minha recieta. agora já tenho segurança da medida de um prato, quarta, alqueire e outras
    Valeu!

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